O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) informou nesta quarta-feira (13) que o índice de inflação na Argentina avançou 6,7% de março. Com o anúncio, associações de cidadãos pobres que recebem algum tipo de subvenção do estado reuniram milhares de pessoas nas ruas de Buenos Aires para exigir que Alberto Fernández aumente os subsídios e crie mais programas de assistência. Veja a reportagem completa acima.
A Argentina é o país com a segunda maior inflação do planeta. Só no primeiro trimestre a inflação acumulou 16,1% — um patamar que não era alcançado desde 1991.
A divulgação do índice inflacionário levou milhares de pessoas às ruas de Buenos Aires em protesto. — Foto: Reprodução
Só um país no planeta teve um índice de inflação maior: a Rússia, que está em guerra e enfrenta uma série de sanções internacionais.
O presidente argentino coloca a culpa da alta inflacionária na guerra da Ucrânia, mas o item que mais subiu no mês, com alta acima dos 23%, foi a educação — área sem dependência de insumos russos ou ucranianos.
O país está há 13 anos com a inflação na casa de dois dígitos ao ano. Ou seja, mergulhado em uma escalada inflacionária, muito antes do conflito na Ucrânia, e também antes da pandemia.
O país está há 13 anos a inflação na casa de dois dígitos ao ano. — Foto: Reprodução
Na tentativa de combater a inflação, o governo de Fernández insiste no congelamento de preços de alguns produtos — medida que sempre fracassou ao longo do último meio século no país.
O recente acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) também promete complicar o cenário, já que um dos compromissos é o de reduzir de forma gradual os subsídios estatais aos transportes e energia.
O acordo com o fundo prevê um índice anual de até 48% de inflação. No entanto, analistas projetam algo em torno de 65% no fim do ano.
FONTE: Lapada Lapada