Duas versões para uma das maiores perdas da Rússia desde a invasão: um cruzador de mísseis, que ficava parado diante da cidade costeira de Odessa.
A Ucrânia diz que foram dois de seus mísseis que, na quarta-feira (13), acertaram o grande navio de guerra chamado Moscou. A Rússia sustenta que um incêndio a bordo fez explodir a munição armazenada na embarcação.
A tripulação afirma que tinha duas opções: tentar jogar a munição ao mar ou abandonar o cruzador. Os mais de 500 marinheiros escolheram a segunda alternativa e se salvaram.
O navio Moscou é o mais importante da frota russa no Mar Negro. Tem 186 metros de comprimento e os seus foguetes, um alcance de 700 quilômetros. Com ele, a marinha soviética, na década de 1970, lançou o desafio no Atlântico contra a marinha dos Estados Unidos.
Na época, as suas formas eram consideradas futuristas. Hoje, é considerado um ferro velho. Tinha ficado parado por quase uma década e foi reformado no ano 2000.
Na noite desta quinta-feira (14), o Ministério da Defesa da Rússia informou que, durante o reboque para o porto onde seria restaurado, o navio afundou.
. Moskva, o navio-símbolo da Rússia que sofreu explosão, já participou de três guerras; saiba mais
A perda do cruzador representa um duro golpe no prestígio da Rússia e do seu líder. Há especulações de que a inteligência ocidental tenha ajudado os ucranianos na operação. Dias atrás, Boris Johnson prometeu a Kiev armas antinavio avançadas.
Nesta quinta-feira (14), a Ucrânia reconheceu que a sua Brigada 36 em Mariupol se rendeu ao inimigo, e que parte morreu. O presidente Volodymyr Zelensky acusou os países europeus que continuam a comprar petróleo russo de gastar o dinheiro com o sangue de outras pessoas.
Zelensky citou a Alemanha e a Hungria, e afirmou que os dois países bloqueiam os esforços para embargar as vendas de combustível russo.
Em uma reunião de emergência com os seus colaboradores, o presidente Vladimir Putin reforçou a orientação de procurar outros parceiros para vender os seus combustíveis. Putin previu uma forte crise energética para a Europa, afirmando que a população europeia pagará um preço muito alto pelo gás americano.
Atormentado pelos desdobramentos da guerra, o Papa Francisco abriu nesta quinta-feira o ritual da Páscoa. Rezou a missa do Crisma e, num presídio de Civitavecchia, lavou os pés de 12 detentos.
Mesmo com uma forte dor no joelho, na sexta-feira (15) à noite é previsto que o Papa Francisco vá ao Coliseu para a Via Crucis, uma das mais importantes celebrações da tradição cristã.
E, apesar dos protestos, tudo indica que ele pretende manter famílias russas e ucranianas para ajudar a carregar a cruz no percurso que recria a Paixão e a morte de Jesus.
FONTE: Lapada Lapada