“É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu”, diz amiga de modelo morta atropelada em Vitória | Espírito Santo

“Ao mesmo tempo que ela era muito meiga, simples, ela era um furacão por onde passava. Por onde ela andava, ela espalhava alegria, felicidade. Não está sendo fácil para a gente. É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu. Ela era muito nova pra deixar a gente, a família, os amigos, os sonhos que ela queria para vida dela”, disse emocionada Larissa Santos, coordenadora da ala de passistas da Jucutuquara.

A revolta a qual Larissa se refere diz respeito ao atropelamento de Luísa. Por volta das 20 horas de sexta, a jovem, que também era modelo e finalista do curso de Oceanografia, atravessava a rua de bicicleta quando foi atingida pelo carro. Ela foi arremessada para cima do veículo e arrastada, morrendo momentos depois de receber atendimento no local.

A mulher apontada como a motorista que atropelou Luísa foi identificada como Adriana Felisberto Pereira. A corretora de imóveis de 33 anos havia saído de um bar antes do atropelamento e estava com a irmã no carro. Para a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez. Mas, em entrevista após o atropelamento, ela negou ter ingerido bebida alcóolica. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro.

“Em um vídeo gravado pouco tempo depois da morte da jovem, um policial conversa com a corretora sobre o acidente e pergunta se ela sabia o que havia acontecido.

“Tenho (consciência do que aconteceu). Quero meu carro pra trabalhar e olha como meu carro está”, disse ela.

Em outro momento, uma policial diz: “senhora, você está preocupada com o carro, você acabou de estourar a cabeça de uma menina, então pelo menos fique em silêncio”. E ela responde: “eu estourei a cabeça dela porque ela passou na minha frente”.

Adriana foi levada ao presídio por dirigir embriagada após não ter pagado fiança de R$ 5 mil.

Motorista atropela e mata modelo de 24 anos em Vitória

“Os sonhos dela foram interrompidos”, lamenta pai

Emocionado, o pai de Luísa, Ivan Lopes, que esteve no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, neste sábado (16), contou que a filha fazia inglês e estava terminando o curso de Oceanografia. Ela planejava morar no Canadá.

“Os sonhos dela foram interrompidos”, lamentou Ivan.

Luísa Lopes era passista da Unidos de Jucutuquara — Foto: Reprodução/TV Gazeta

“A vontade é de chorar e chorar”, disse o pai em outro momento.

Nas redes sociais, o perfil do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) lamentou a morte da estudante.

É com muito pesar que viemos comunicar o falecimento de nossa colega de curso, Luísa Lopes. É muito difícil por em palavras a dor que é uma vida chegar ao fim, ainda mais tão cedo…. Luísa sempre foi um sol caminhando pela Ufes, espalhando alegria e luz, sendo amiga, sendo universitária, sendo ativista! Desejamos muita luz, aconchego e força para todos os familiares e amigos. Luísa, agradecemos muito por sua vida, que você encontre paz!! por aqui… queremos justiça!!” diz a mensagem.

Modelo morreu após ser atropelada por motorista enquanto andava de bicicleta em Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

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FONTE: Lapada Lapada

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