Ex-secretário de Estado de Ciências e Tecnologia e ex-prefeito de Glória D’Oeste, Nilton Borges Borgatto detém um patrimônio invejável e durante a busca e apreensão em suas residências, durante a deflagração da Operação Descobrimento, isso ficou evidente. Foram encontrados diamantes, dois Honda Civic, R$ 29,3 mil e 4 mil dólares.
No entanto, em sua atuação na organização criminosa investigada pela Polícia Federal, seus gastos eram custeados pelo líder do grupo, o empresário Rowles Magalhães Pereira da Silva. Somente os diamantes encontrados na casa do ex-secretário, estão avaliados em R$ 15 milhões.
No entanto, quando se deslocava para São Paulo, os custos da viagem, entre outras questões, eram financiados pelo empresário e ex-lobista, Rowles Magalhães. O apontamento foi feito pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, na denúncia apresentada à Justiça.
“Nilton Borgato (Índio) tinha seus deslocamentos pagos por Rowles Magalhães. Em 19 de junho de 2020, pessoa de prenome Cris avisa a Rowles que “Nilton pediu passagem (…) pra hj pra SP”. Rowles responde apenas “sim”, seguido da informação de Cris de que emitiria a passagem (“ok…vou emitir”). No mesmo dia, Rowles Magalhães informa a Nelma Kodama que Nilton estava a caminho de São Paulo”, diz trecho da denúncia.
A denúncia é assinada pelos procuradores da República, Auristela Oliveira Reis, Roberto D’Oliveira Vieira, Robert Rigobert Lucht e Carlos Vítor de Oliveira Pires. Os bens encontrados nas residências de Borgatto pela Polícia Federal e que o MPF solicitou à Justiça o perdimento, foram uma Toyota Hylux, dois Honda Civic, pedras preciosas, além de R$ 29,3 mil e US$ 4 mil, que estavam em posse do ex-secretário.
A Operação Descobrimento foi deflagrada em 19 de abril de 2022 e investigava um esquema de tráfico de drogas internacional entre Brasil e a Europa, com entrada no continente por Portugal, através de jatos executivos. Entre os denunciados pelo MPF estão o empresário e ex-lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva, o ex-secretário de Estado de Ciências e Tecnologia (Seciteci), Nilton Borges Borgatto, e a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama. A denúncia é assinada pelos procuradores da República, Auristela Oliveira Reis, Roberto D’Oliveira Vieira, Robert Rigobert Lucht e Carlos Vítor de Oliveira Pires.
FONTE: Folha Max