EP descobre recuo de Fvaro pela mdia e ironiza: ‘volta dos que no foram’

 

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), usou de ironia para comentar a entrevista do senador Carlos Fávaro (PSD), que afirmou nesta segunda-feira, 25, que não irá se candidatar ao Governo do Estado. Questionado pela imprensa durante evento noturno, o emedebista não escondeu seu descontentamento com o senador.

Fávaro teria combinado em não dar nenhum passo sem antes falar com ele. “Parece que ele renunciou ao que ele não tinha aceitado ainda, né?! A volta dos que não foram. Eu não sei o que o moveu, eu só acho que ele tinha um combinado com a gente e eu só lamento ele não ter respeitado, mas isso é dele”, afirmou.

Segundo Emanuel, a decisão de Fávaro já era esperada por todo o grupo político que se formou nas duas últimas semanas. Ele chegou a afirmar, inclusive, que na noite deste domingo (24), esteve reunido com o presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco, e outras lideranças, para discutir os encaminhamentos da Federação Brasil de Esperança, composta pelo PCdoB, PT e PV.

À imprensa, Pinheiro também afirmou que Fávaro passou a manhã toda de domingo em sua casa, acompanhado do deputado federal Neri Geller (PP), que deve disputar ao Senado pelo grupo. Fávaro teria dito durante o encontro que estava conversando com prefeitos e familiares para tomar sua decisão.

Diante da novidade – que não surpreendeu ninguém -, Emanuel afirmou que no prazo de até 48 horas deve anunciar o plano B do grupo, podendo ser feito até mesmo nesta terça, em sua live semanal. A promessa do prefeito escancara ainda mais a falta de protagonismo que a esquerda e oposição mato-grossense está tendo nestas eleições.

Embora tenham se passado quatro anos da atual gestão, a oposição não conseguiu se destacar no papel de apontar as falhas da gestão Mauro Mendes (União Brasil). Apesar de ser costumeiro a oposição conseguir ser protagonista, já que sempre é minoria e tem a função de fazer barulho, o grupo oposicionista da Assembleia Legislativa, ao qual Barranco faz parte, se manteve “xoxo”, sem conseguir agitar a política ou fazer algum barulho eficaz o suficiente para ter protagonismo.

Chegada o período eleitoral, essa mesma esquerda conseguiu ganhar algum destaque no território mato-grossense, mais pela novidade da Federação que pela viabilidade de suas candidaturas. Contudo, ao acolher Neri Geller, que se revoltou por o governador não o priorizar no palanque, a chapa acolheu também Fávaro e o prefeito Emanuel Pinheiro, que há muito procura uma brecha para alfinetar seu adversário.

Ácido, usando sempre o humor e o sarcasmo, Emanuel consegue em uma entrevista o que o grupo oposicionista não conseguiu em quatro anos: provocar a ira do governador. A cada conversa com a imprensa, nenhum dos dois perde a oportunidade de alfinetar e atacar um ao outro.

Esse ‘talento’ de Emanuel ofusca ainda mais o brilho da ‘estrela’ que sempre teve problemas para brilhar no estado, que é majoritariamente de direita. A promessa de Emanuel, com prazo estipulado e tudo, aponta que nenhum dos três partidos da Federação – da qual aliás o MDB nem faz parte – tem mais o poder de decisão.

FONTE: Folha Max

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