O correspondente em Portugal, Leonardo Monteiro, esteve na praia onde a mulher racista atacou Tite, Bless e os turistas angolanos – e conversou com testemunhas.
A mulher foi levada para uma delegacia da guarda Nacional Republicana, bem perto da praia onde Bruno e Giovanna estavam com os filhos. Ela prestou depoimento, foi identificada e depois liberada. Agora, o casal tem até 6 meses para apresentar uma queixa-crime formal às autoridades portuguesas.
Por nota, a direção do restaurante repudiou a conduta racista da mulher. E se colocou à disposição para fornecer as imagens gravadas pelas câmeras de segurança. E o consulado brasileiro, também por nota, ofereceu assistência jurídica.
“Este crime racial ele tem previsão no código penal português, no artigo 240. Portanto, ele foi um crime gravíssimo porque a pessoa, ela não fez uma injúria tão somente, não. Ela exigiu que aquelas pessoas negras saíssem de lá, foi uma injúria grave onde ela deseja que aquelas pessoas sejam retiradas do recinto para que para que ela pudesse frequentar livremente. Não foi algo simples, foi algo gravíssimo”, diz Hélio Gustavo Alves, advogado especialista em Direitos Humanos.
Giovanna, Bruno e os filhos — Foto: Reprodução
“Não é tarefa exclusiva de pai e de mãe proteger as crianças negras é obrigação do Estado, da sociedade e de toda a comunidade em que está diante de situações que são desumanizantes e, no entanto, não se sentem empáticas com crianças negras porque antes de serem crianças negras são negros que não merece nenhum tipo de proteção social”, diz Carla Akotirene, doutora em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismos/UFBA
“Dependendo de como a Corte portuguesa enquadrar, ela pode pegar uma pena de 6 meses a 5 anos de prisão”, explica o advogado.
“Você ficar calado é você participar disso, é ser cúmplice disso. Então não fique calado, não finja que não escutou. Fale, denuncie! É crime e essas pessoas precisam ser responsabilizadas”, diz Bruno Gagliasso.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:
Giovanna Ewbank sobre ataque racista sofrido pelos filhos: ‘Teria essa atenção toda se fôssemos pais pretos de crianças pretas?’
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FONTE: Lapada Lapada
