O vereador e tenente coronel da Reserva da Polícia Militar, Marcos Paccola (Republicanos), desistiu de se licenciar do cargo por 31 dias, conforme havia solicitado na sessão da última quinta-feira (4). O parlamentar, que é réu em uma ação penal após ter matado a tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, em julho, é alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara e pretendia se dedicar a sua campanha a deputado estadual.
A desistência foi lida no plenário da Casa na sessão da manhã desta terça-feira (9). Na justificativa, Paccola aponta que a licença não foi colocada em votação na última sessão. Na sequência, o presidente da Câmara, o vereador Juca do Guaraná deferiu o pedido, elogiando ainda a postura do seu colega de parlamento.
“Agindo desta maneira é a forma mais coerente. Sabendo que o senhor acabou de ser notificado pelo presidente e relator da Comissão de Ética, agora sua defesa pode ser feita contigo estando nesta Casa. Vamos respeitar o código de ética e o regimento interno da Câmara e, acima de tudo, a população cuiabana”, afirmou.
Na sessão da última quinta-feira, Paccola havia pedido licença do cargo, argumentando que pretendia se dedicar a campanha para deputado estadual. No entanto, a saída temporária do cargo também foi vista como uma possível manobra do parlamentar para poder postergar o processo de cassação, ao qual ele é alvo na Câmara.
O pedido de cassação foi feito pela vereadora Edna Sampaio (PT). Paccola foi indiciado pela Polícia Judiciária Civil e denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, pela morte de Alexandre Miyagawa, de 41 anos, no dia 1º de julho deste ano.
FONTE: Folha Max







