quarta-feira, dezembro 17, 2025

Esposa de ex-juiz da Lava Jato alega que ele perseguido

Esposa de ex-juiz da Lava Jato alega que ele perseguido

 

A candidata a deputada federal por São Paulo Rosangela Moro (União Brasil) saiu em defesa do marido Sergio Moro, após a Justiça Eleitoral do Paraná determinar, neste sábado (3/9), o cumprimento de busca e apreensão em imóveis ligados ao ex-juiz por armazenamento de suposta propaganda eleitoral irregular.

Segundo a candidata, o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) é vítima de perseguição política. “As táticas sujas continuam no Paraná. Por uma problema de produção material fazem as manchetes mais insólitas. A verdade é que Sérgio Moro não tem proteção política. Por isso o perseguem”, publicou, nas redes sociais.

Já Moro considerou a ação “abusiva” e disse que não vai se “intimidar”. O candidato completou ainda: “O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido. Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”, disse.

Na decisão liminar, a juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), aponta uma série de irregularidades supostamente cometidas pelo candidato ao Senado pelo Paraná em materiais de campanha e de publicidade eleitoral.

O pedido partiu da coligação partidária que apoia o PT nas eleições deste ano. As legendas sustentaram ao TRE-PR que diversos materiais impressos da campanha violam a legislação eleitoral. O advogado do partido Luiz Eduardo Peccinin ainda afirmou à Justiça que as redes sociais de Moro têm publicado propaganda irregular.

Irregularidades

Na decisão, a juíza afirma que nas redes sociais do Twitter, Instagram e no site oficial, indicados na inicial, Moro “sequer menciona o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”. “É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, disse, referindo-se aos banners publicados pelo candidato nas redes.

Outro questionamento levantado pela magistrada envolve a logomarca do ex-juiz apresenta a palavra “MORO” em evidência e em tamanho “muito superior a 70% do nome dos suplentes, sendo imperiosa a remoção dos conteúdos que veiculam propaganda irregular, nas URLs indicadas no documento”.

A juíza também aponta irregularidades no conteúdo dos programas veiculados no horário da propaganda eleitoral gratuita. No entanto, argumenta que a ordem de “imediata suspensão” da veiculação da propaganda “não se mostra passível de acolhimento”.

“Tanto pelo fato de que não se sabe o conteúdo que será veiculado, não cabendo às emissoras a realização do controle prévio, quanto pela possibilidade de regularização do material”, explica.

Ainda de acordo com o TRE-PR, o material passível de apreensão é “tão somente aquele indicado na presente decisão, arquivado em Secretaria e comprovadamente em desconformidade com a legislação”. Se mantiver as propagandas em desconformidade com a Lei Eleitoral, Moro será obrigado a pagar uma multa diária de R$ 5 mil.

FONTE: Folha Max

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