‘Se a bala tivesse saído, eu ia morrer ao lado dela’, conta apoiadora de Cristina Kirchner ao Fantástico | Fantástico

A Argentina em sobressalto. Em meio à crise econômica e política, um atentado mobiliza o país vizinho.

A reportagem do Fantástico busca respostas sobre a tentativa de assassinato da vice-presidente argentina, Cristina Kirchner.

O Federico Garcia estava ali.

“Comecei a escutar os gritos: ‘Tem uma arma! Tem uma arma’”, conta.

“Se a bala tivesse saído, eu ia morrer ao lado dela”, conta.

Apoiadora fervorosa de Cristina Kirchner, a Sheena ficava sempre em frente ao prédio, batucando em homenagem à vice-presidente. Em Buenos Aires, nossa equipe localizou quem viu tudo de perto.

O atentado – ou tentativa de atentado – aconteceu em uma rua da Recoleta, um bairro rico de Buenos Aires, onde a vice-presidente Cristina Kirchner tem um apartamento em um antigo prédio.

Já fazia cerca de duas semanas, – ou melhor, doze dias – que todo santo dia juntava uma multidão na porta. Apoiadores contra opositores de Cristina. Isso estava acontecendo desde que o Ministério Público Federal pediu a prisão dela por 12 anos por supostos crimes de corrupção quando Cristina era presidente. Não teve sentença, não teve julgamento, não teve nada.

Foi só um pedido de prisão, suficiente para desencadear uma enorme crise política. Crise essa que chegou ao auge na quinta-feira (1º). Cristina chegou de carro, desceu para autografas livros, ser saudada pelo pessoal.

Quando então o brasileiro Fernando Sabag Montiel apontou uma pistola para a vice-presidente da Argentina. Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando nasceu em São Paulo. Hoje tem 35 anos. Vive na Argentina desde os seis.

Em 2021, em uma blitz da polícia, foi flagrado com uma faca de 35 centímetros. Alegou que era para a defesa pessoal. Os rastros da vida tumultuada de Fernando estão espalhados por Buenos Aires (saiba mais na reportagem em vídeo).

A Defensoria Pública vai representar Fernando no processo. A equipe do Fantástico procurou os advogados, mas ninguém atendeu as ligações.

Nos instantes seguintes ao atentado, numa Argentina sempre tão dividida, situação e oposição se uniram em solidariedade a Cristina Kirchner. Mas essa unanimidade durou pouco. Depois que o presidente Alberto Fernández decretou feriado na sexta (2), a oposição passou a acusar o governo de uso político do atentado.

Na tarde deste domingo (4), o ex-presidente Maurício Macri, opositor de Cristina, divulgou uma dura nota, dizendo que o Kirchnerismo está usando o atentado de maneira partidária, para caçar um inimigo simbólico. E acusou os aliados de Cristina de promover uma perseguição à justiça e à imprensa.

No feriado de sexta, na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, que é sede do governo, houve uma grande manifestação a favor de Cristina e do peronismo, a corrente política da qual, hoje, ela é a principal herdeira.

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FONTE: Lapada Lapada

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