Após ser acusado pelo governador Mauro Mendes (UB) de ter atacado sua família, o prefeito de Cuiabá (MDB) se pronunciou, durante a transmissão ao vivo que realiza em suas redes sociais semanalmente, que nunca direcionou suas críticas à primeira dama do Estado, Virgínia Mendes, nem ao filho do gestor estadual, Luis Antônio Mendes. O chefe do Palácio Alencastro destacou que seu alvo foi o próprio administrador estadual e alguns de seus aliados.
Durante uma entrevista à rádio CBN, na manhã desta terça-feira (6), Mauro Mendes chamou o prefeito de covarde, moleque e irresponsável, após ter insinuado que algumas empresas da família do governador estariam sendo beneficiadas com a licitação para o Bus Rapid Transit (BRT). Emanuel rebateu, afirmando que não falou da esposa e do filho do gestor estadual, e que atacou sim a ele próprio, acusando-o ainda de utilizar o Palácio Paiaguás para, supostamente, fazer negócios.
“Não adianta vir com chilique, destempero e se passar por vítima, com agressões de baixo calão e gratuita, que não vai pegar, governador. O senhor foi pego de calça curta e sua casa está caindo. E em toda sua indignação, não falou nada sobre o mérito da denúncia de ilegalidade da licitação do BRT e da proximidade da empresa ganhadora com o senhor, seus sócios, amigos e chegados da panelinha. Em nenhum momento eu falei de sua família, a qual eu respeito, ao contrário do senhor, que é despreparado e desqualificado para o cargo em que está, e vive agredindo e esculhambando todo mundo, agredindo a moral e a reputação de todos. Tenho uma mãe de 90 anos de idade que lê seus desequilíbrios emocionais, agredindo os filhos e familiares dela. Sou político por vocação e não faço negócio, como o senhor. Faço política, ao contrário de você e sua panela, que faz negócios no Paiaguás”, afirmou.
Emanuel Pinheiro também disse não se arrepender de ter desistido da disputa ao Governo do Estado e explicou que não havia se planejado para concorrer ao Palácio Paiaguás, deixando claro ainda que trabalhava pela construção do nome do senador Wellington Fagundes para o pleito, que acabou migrando para o lado de Mauro Mendes. O prefeito concluiu seus ataques ao chefe do Executivo estadual afirmando que os ataques que sofre são uma forma de seu adversário fazer uma ‘cortina de fumaça’, para tirar a atenção da sociedade sobre sua gestão.
“Já me alertaram que o senhor quer me usar como bode expiatório, para desviar a atenção da imprensa e da sociedade, me atacando, provocando os órgãos de controle e utilizando-se do poder que tem, enquanto sua panela promove o maior desmonte da história de Mato Grosso, se beneficiando, fazendo negócios, utilizando a máquina pública e enriquecendo ilicitamente ao lado dos seus. Seria mais ético que o senhor, ao invés de dar chilique e ficar nervosinho, que você justificasse. Em nenhum momento falei de sua família, filhos ou esposa. Disse que a Nova Engevix, ganhadora da licitação do BRT, tem parceria com uma empresa associada ao senhor, no caso, a Bipar e a Bimetal, assim como ao Robério Garcia. De quem são as empresas? Quem é Robério Garcia? Disse isso e reafirmo. Não sei se você vestiu a carapuça, completou Emanuel.
FONTE: Folha Max
