quarta-feira, julho 9, 2025

‘Festival de Arte e Cultura Indígena’ acontece no Centro Municipal em Uberlândia | Triângulo Mineiro

Entre os dias 21 e 23 de setembro, Uberlândia recebe o “Festival de Arte e Cultura Indígena”, no Centro Municipal de Cultura, o antigo Fórum. Promovido pelo Museu do Índio, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o evento é gratuito e entre as atrações estão exposições, lançamento do Livro “Tomoromu: a árvore do mundo”, debates e sessões de cinema.

O festival tem como objetivo promover as artes indígenas em suas mais distintas linguagens e suportes. “Trata-se de uma oportunidade muito rica de troca de experiências humanas distintas. O festival pretende ser isso, um lugar para se conhecer um pouco da diversidade indígena”, disse a antropóloga e coordenadora do museu, Lídia Meirelles.

Ela reforça que a festividade “é um espaço onde a gente pretende expressar as diversas linguagens da cultura indígena, diversos suportes de linguagem que eles estão se apropriando para mostrar sua cultura, suas crenças, a sua forma de enxergar o mundo e sua forma de se relacionar com o outro. É um espaço democrático, aberto a todos e todas, um espaço de entrada franca, completamente livre”

O festival irá reunir a III Mostra de Arte Indígena Contemporânea, a Mostra de Artefatos Tradicionais, a Mostra de Cinema e uma mesa-redonda sobre a literatura indígena.

A III Mostra de Arte Indígena Contemporânea traz um conjunto de obras de artistas indígenas que participam do debate acadêmico. As obras têm a curadoria de Kássia Borges, docente do Instituto de Artes da UFU.

Entre os artistas convidados estão Denilson Baniwa, Naine Terena, Gustavo Caboco, Irineu Terena, Ziel Karopotó, Miguela Maino’y e MAKHU, além de integrantes do Coletivo Kokir. A escolha desses artistas tem como referência a presença de suas obras em espaços renomados da arte, como a Bienal de São Paulo e a Bienal de Veneza.

A Mostra de Artefatos Tradicionais terá em sua exposição peças de 15 artesãos indígenas, representantes de sete etnias nativas, considerando a diversidade de matrizes linguísticas e culturais, como Tupi, Macro-Jê e Karib. A maioria dos representantes vive em seus territórios tradicionais.

Lançamento de livro e série

O livro “Tomomuru: a árvore do Mundo”, de Cristino Wapichana, será lançado no evento, junto de uma mesa-redonda sobre a literatura indígena, com a aproximação de estudantes e professores do ensino básico com os autores dessas obras, em uma oportunidade de acesso à experiência política, estética e cognitiva dos povos originários.

Cristino Wapichana é um premiado músico, compositor, escritor e contador de histórias. É considerado um dos mais ativos escritores indígenas brasileiros, com obras como “A Boca da Noite” e “O Cão e o Curumim”.

A mostra de cinema tem a intenção de apresentar a diversidade e a complexidade dos povos indígenas e terá a curadoria de Gilmar Terena, da etnia Terena. Entre as produções audiovisuais está o lançamento do vídeo da série “Invisíveis na Cidade”, produzida pelo Museu do Índio.

  • Quarta-feira, 21/09:
    9h – Abertura
    10h – Mesa-redonda: “Literatura Indígena – um desafio político social”. Cristino Wapichana e Vanessa Sagica. Mediação: Heliene Rosa.
    9h às 17h – Mostra de Artefatos Tradicionais e rodas de conversa.
    19h – Abertura da III Mostra de Arte Indígena Contemporânea – “YUXI – YUXIBU”
  • Quinta-feira – 22/09:
    9h às 17h – Mostra de Artefatos Tradicionais e rodas de conversa
  • Sexta-feira – 23/09:
    9h às 17h – Mostra de Artefatos Tradicionais e rodas de conversa.
    9h30 – Lançamento do vídeo da série “Invisíveis na Cidade”, com Romana Ávalo, indígena Guarani Kaiowá.
    10h30 – 1ª Sessão de Cinema Indígena. Curadoria: Gilmar Terena.
    14h – 2ª Sessão de Cinema Indígena.

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FONTE: Lapada Lapada

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