Júri condena irmãos por assassinatos de duas pessoas da mesma família em Taubaté | Vale do Paraíba e Região

O Tribunal do Júri condenou dois irmãos, uma mulher de 77 anos e um homem de 59, por encomendarem a morte de duas pessoas da mesma família em Taubaté (SP). A sentença foi dada na madrugada da última sexta-feira (16), mais de 14 anos após o crime.

A mulher teve pena de 33 anos de prisão pelos homicídios. Já o homem foi condenado a 46 anos pelos assassinatos e por causar incêndios e explosões contra as famílias das vítimas. As penas foram impostas em regime fechado, mas ambos podem recorrer em liberdade.

Segundo o MP, o crime foi encomendado por vingança depois da mulher ficar inconformada com o fim do relacionamento dela com um homem da família da vítima. Além disso, a criminosa, envolvida com compra e venda de precatórios, cobrava uma dívida de R$ 40 mil.

O irmão da criminosa ficou encarregado de organizar e planejar os crimes, enquanto ela financiava a operação.

A partir daí, residências das vítimas passaram a sofrer ataques com coquetéis molotov e bombas caseiras. Até que, em 2008, a irmã e o filho adolescente do homem com quem a ré havia se relacionado foram alvos de emboscadas e executados a tiros.

Família da vítima foi alvo de bombas antes dos assassinatos — Foto: Reprodução

Os crimes contra Maria Selma do Carmo Gil Lange e Luis Guilherme Gil aconteceram entre maio e junho de 2008.

A dona de casa Maria Selma do Carmo Gil Lange, de 47 anos, foi morta a tiros no dia 12 de maio de 2008, quando levava os filhos para a escola.

Selma foi abordada em uma emboscada no Jardim Maria Augusta e o garupa de uma motocicleta atirou três vezes contra ela. Ela foi atingida por dois disparos e morreu. Um terceiro tiro ainda atingiu de raspão a filha de 17 anos de Selma, que estava no carro.

A morte de Selma teve repercussão e causou comoção no Vale do Paraíba. As investigações se intensificaram e os criminosos passaram a temer a descoberta da autoria.

Por isso, criaram o cenário para incriminar um parente da vítima que era dependente químico e atribuir os assassinatos a traficantes.

Cerca de um mês do primeiro homicídio, os criminosos mataram Luis Guilherme Gil, de apenas 13 anos. Segundo o MP, os executores se confundiram e assassinaram o irmão do alvo, que não era usuário de drogas.

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FONTE: Lapada Lapada

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