Mauro aponta encenao de Marcia e pede indenizao de R$ 100 mil

 

O governador Mauro Mendes (União Brasil) ingressou com uma ação de indenização por danos morais contra a primeira-dama de Cuiabá e candidata ao Governo, Marcia Pinheiro (PV) por ataques a ele e à sua família. O processo é baseado na entrevista coletiva de imprensa concedida pela esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na última terça-feira, 20, em que ela o acusa de corrupção.

O governador pede R$ 100 mil em indenização e a ação foi ajuizada nesta sexta-feira pelo advogado Hélio Nyshiama. “Aliás, resta intuitivo que o dano se encontra ínsito na tentativa da requerida em causar vexame ou mácula pública à imagem do requerido e seus familiares, causando abalo psíquico e intelectual que se exteriorizam independente de prova da lesão”, diz trecho do documento.

As acusações feitas na coletiva foram reproduzidas nos veículos de comunicação regionais e mencionadas no processo ajuizado pelo governador. Na ocasião, Marcia desafiou Mauro Mendes a quebrar seu sigilo fiscal e bancário, além do de sua família e empresas.

A principal acusação da família Pinheiro é em relação aos negócios de Luis Antônio Taveira Mendes, filho do governador. A coletiva foi marcada pela presença de toda a família Pinheiro: Marcia (primeira-dama e candidata ao Governo), Emanuel (seu marido e prefeito de Cuiabá), Emanuelzinho (filho do casal e deputado federal) e Elvis (que não segue a carreira política da família).

Ao ajuizar o caso, Mauro relembrou que Marcia Pinheiro protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) o pedido de quebra do próprio sigilo fiscal, cujo requerimento foi negado pelo juiz Fábio Henrique de Moraes Fiorenza. Para o governador, o pedido da primeira-dama foi uma encenação.

“O relator, por óbvio, reconheceu não só a teratologia do pedido como também a finalidade político-eleitoreira da medida, pontuando que não se pode permitir que o Poder Judiciário, e principalmente a Justiça Eleitoral, sejam utilizados para fins eminentemente políticos, não jurídicos, quando a questão se limita aos embates eleitorais em curso, tendo em vista o pleito estadual para o cargo de Governador”, mencionou. Além disso, o documento ainda menciona que no mesmo dia foram inseridas acusações contra Mendes e sua família na propaganda eleitoral gratuita da candidata.

Na peça eleitoral, Marcia voltou a mencionar a abertura de empresas por parte de Luis Antônio e debocha do desempenho de Mauro à frente dos negócios, já que suas empresas pediram recuperação judicial. O governador afirma que, embora saiba que o cargo público o torna mais suscetível a críticas, os comentários da família Pinheiro ultrapassam a mera crítica, motivo que justificaria o pedido de indenização por danos morais.

Ele ainda cita que os ataques sofridos são por causa de críticas feitas por ele à candidata, que foi impedida de frequentar a Prefeitura de Cuiabá após a deflagração da Operação Capistrum, que investiga supostas irregularidades em contratações na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS). No entendimento do governador, Marcia teria se irritado, principalmente, porque a Justiça não proibiu Mauro de comentar sobre o caso.

“Ao que presume o requerente, a partir do indeferimento da liminar, a requerida, entendendo ainda mais fragilizada a sua campanha em razão da gravidade dos fatos que lhe são imputados na Operação Capistrum, engendrou uma manobra mirabolante no intuito de lançar uma cortina de fumaça sobre o assunto”, cita. O imbróglio, que começou com Emanuel e Mauro, já não está mais respingando em suas famílias.

Nos últimos meses, a briga se tornou uma verdadeira batalha entre os Mendes e os Pinheiros, protagonizada pelos casais. Os filhos, citados de ambos os lados, ainda não participam ativamente dos ataques, por enquanto.

FONTE: Folha Max

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