São 87 observadores, de 26 países, o maior número que o Brasil já recebeu. Parte deles acompanhou durante a manhã desta sexta-feira (30) palestras dos ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que também são titulares do Tribunal Superior Eleitoral. Os dois defenderam a democracia e o sistema eleitoral brasileiro.
“Neste domingo, em poucas horas, nós teremos apurado o resultado das eleições. E, como sempre acontece, pacifica o país. Porque nunca se teve nenhuma dúvida quanto à autenticidade, quanto à segurança, a certeza daquilo que é proclamado oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral. A máquina eletrônica, de forma inequívoca, revela a vontade do eleitor. Auditabilidade – aquilo que nós já dissemos, facilidade de auditar – antes, depois, durante o processo. As urnas são auditadas”, disse Lewandowski.
“Quando a gente fala que a democracia é necessária, também aqui não se trata de narrativa – para usar uma palavra da moda – nem discurso. Estamos falando de que escolha temos na vida para viver. E, neste sentido, é que hoje falamos tanto em democracia e qualquer comprometimento ou tentativa de botar abaixo as construções democráticas na sociedade e no Estado são graves. Portanto, é preciso lutar todo dia pela democracia”, afirmou Cármen Lúcia.
Os observadores já estiveram com o presidente Jair Bolsonaro, participaram de vários encontros com ministros do Supremo e do TSE e, nesta, sexta foram ao Congresso Nacional. Conheceram a Câmara e o Senado.
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O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, do PSD, ressaltou que a democracia é um compromisso de todos.
“As instituições brasileiras, entre as quais a Justiça Eleitoral e o Senado da República, que presido, convergem para concretizar os princípios da Constituição Federal, contra qualquer tipo de retrocesso que coloque em risco a independência das instituições, as liberdades e o Estado de Direito, bases de uma verdadeira democracia”, declarou Pacheco.
No próximo domingo (2), os observadores vão acompanhar o início da votação, o teste de integridade das urnas e a totalização dos votos.
“São extremamente importantes, porque vamos conhecer a realidade por dentro. Um aspecto da realidade, um lado dela”, afirma João Almeida, um dos observadores internacionais.
A dois dias da eleição, o procurador-geral da República, Augusto Aras, publicou um vídeo na internet com trechos de entrevistas antigas em que ele defendeu as urnas eletrônicas.
FONTE: Lapada Lapada