O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), reclamou da “diferença de estrutura” entre a campanha de sua esposa ao Governo do Estado, Márcia Pinheiro (PV), e o governador Mauro Mendes (União), que disputa a reeleição. Emanuel Pinheiro acompanhava a esposa no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT, campus Cuiabá), seu local de votação na manhã deste domingo (2). Ele acredita que a esposa conseguirá chegar ao segundo turno da disputa com Mauro Mendes, que também é seu adversário político.
Uma pesquisa do Ipec (antigo Ibope) aponta que o governador tem 73% dos votos válidos, contra 17% da primeira dama de Cuiabá. “A sabedoria da população está correta. Ela escolhe os dois que melhor se destacaram no primeiro turno, para ter certeza da melhor alternativa no segundo turno. É preciso se certificar. É uma oportunidade para decidir melhor”, analisou o prefeito.
Questionado sobre “erros e acertos” na candidatura da esposa, Emanuel Pinheiro minimizou eventuais “derrapadas”, mas reclamou das diferenças de estrutura entre a campanha da primeira dama e a do governador Mauro Mendes.
O prefeito de Cuiabá avaliou que foi uma disputa do “tostão contra o bilhão”.
“Erros e acertos sempre acontecem. É normal na vida da gente. Uma campanha eleitoral não foge à regra. Mas tenho certeza que dentro dos limites, nós disputamos contra o poder econômico. Nossa campanha foi ‘Franciscana’. A campanha da Márcia Pinheiro foi inferior em termos de estrutura e financiamento às de várias campanhas de deputados estaduais e federais. A campanha do tostão contra o bilhão”, observou Pinheiro.
LEGADO
Na conversa com jornalistas, Emanuel Pinheiro também foi indagado se houve uma eventual falta de apoio do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), na campanha de Márcia Pinheiro. O senador e o governador romperam nas eleições de 2022 em razão do não apoio de Mendes ao deputado federal Neri Geller (PP-MT), candidato ao Senado neste ano.
Ao comentar sobre a ajuda de Fávaro na campanha, o prefeito de Cuiabá elogiou o novo aliado, e disse até mesmo que um “novo grupo político” nasceu entre a parceria do senador e a primeira dama de Cuiabá.
“Fávaro foi uma pessoa muito presente. Às vezes as pessoas querem o apoio ao candidato, toda hora ao lado, não é assim. Tem muitas formas de apoiar. O Fávaro nos bastidores foi um parceiro de todas as horas. Ele articulou, conversou, gravou, viajou. Montou comigo as principais pautas do interior. Fávaro foi um grande companheiro. É o legado da formação de um novo grupo político, que se forma em Mato Grosso, voltado para causas populares, movimentos de base, movimentos sociais, priorizando os mais carentes, os mais pobres”.
FONTE: Folha Max
