Estudos apontam que apenas ¼ das pessoas procuram um médico para tratar o problema e os principais motivos deste baixo índice são o tabu, a vergonha, o constrangimento por considerarem o assunto íntimo e, inclusive, por crença errônea de achar que “é normal”.
“Acontece que, caso não tratada adequadamente, a bexiga hiperativa pode provocar grande redução da qualidade de vida do paciente, principalmente naqueles que não conseguem ter uma contínua noite de sono. A BH pode levar a quadros de depressão, atrapalhar a vida sexual e até gerar problemas na vida profissional”, alertou o médico conveniado ao plano pela Clínica Vida, em Várzea Grande.
Sintomas
O sintoma mais típico da bexiga hiperativa é a urgência urinária, que é a vontade súbita e incontrolável de urinar. O paciente apresenta urgência urinária quando precisa ir ao banheiro rapidamente, pois não é capaz de segurar a urina por muito tempo. Por esse motivo, perdas eventuais de urina na roupa podem ocorrer em alguns pacientes, principalmente naqueles com mobilidade afetada.
A urgência urinária pode surgir mesmo quando a bexiga não está completamente cheia, “pois ela é resultado de uma contração precoce e inapropriada do músculo detrusor”, observou o profissional.
Outro sintoma típico é o aumento da frequência urinária, com pequenos intervalos de tempo entre as micções, levando muitas vezes a necessidade de acordar a noite para urinar, também chamada de “noctúria”. Ao contrário da infecção urinária, a bexiga hiperativa não costuma causar dor durante a micção.
Diagnóstico
Conforme o especialista, o diagnóstico é habitualmente clínico, feito através de uma cuidadosa avaliação do histórico do paciente e do exame físico. “O estudo urodinâmico deve ser feito se o tratamento medicamentoso não apresentou resultado satisfatório e de acordo com o histórico do paciente, especialmente, se já fez cirurgia ou radioterapia pélvica”, pontuou.
Tratamento
O tratamento é dividido em três modalidades: a terapia comportamental (fisioterapia pélvica), a medicamentosa e, por último, a terceira linha de tratamento, que são os tratamentos de exceção.
De acordo com Fortunato, a escolha do modo mais adequado para cada paciente depende da intensidade dos seus sintomas e do quanto o quadro interfere na sua qualidade de vida. O tratamento costuma ter altas taxas de sucesso, chegando a 80% de melhora com as medidas iniciais.
“A combinação entre medicamentos e terapia comportamental costuma ser eficaz na maioria dos episódios, ficando a terceira linha restrita aos poucos casos mais difíceis de serem controlados. Não hesite em procurar tratamento caso apresente sintomas”, acrescentou o médico.
FONTE: matogrossosaude