“Foi muito emocionante. Valeu a pena esperar”. Essa foi a primeira fala de Elia Miyagawa, mãe do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, morto com três tiros desferidos pelas costas dados pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), que teve o mandato cassado nesta quarta-feira (5), pela Câmara de Cuiabá.
Com 13 votos favoráveis, cinco e três abstenções, o tenente coronel da Reserva da Polícia Militar foi cassado por quebra de decoro parlamentar, durante assembleia extraordinária que durou cerca de 4h30. Conforme o regimento interno da Casa de Leis era preciso a maioria simples dos votos para que o mandato dele seja cassado, ou seja 13.
No lugar de Paccola, deverá assumir o suplente Felipe Correa (Cidadania). Alexandre Miyagawa tinha 41 anos, e foi morto no dia 1º de julho com três tiros pelas costas, no bairro Quilombo, na Capital. O autor dos disparos, Paccola, agora responderá pelo ato na Justiça Popular, onde se tornou réu na ação penal que apura as circunstâncias da morte do agente.
“Eu não esperava, mas estou muito feliz. Agora eu espero que a Justiça seja feita novamente e que ele vá para cadeia por pelo menos 50 anos. Ainda vem mais luta, mas vamos lutar com mais força agora”, disse a mãe de Alexandre.
Para o amigo e colega de profissão de Alexandre, Adão Hermosa, a luta também continua e que o sentimento agora é de um pouco de alívio e justiça. “Ficamos felizes, sabíamos que não era certo ele continuar, porque essa casa é a casa do povo, e esse ai não é um vereador, é um assassino. A justiça está sendo feita, e ainda vai ser feita no âmbito criminal e esperamos que ele seja preso, e em nome de Jesus vai ser. Não paramos por aqui, a gente vai até o final, porque queremos ver ele preso”, enfatizou.
FONTE: Folha Max