O Fantástico conversou com vítimas, autoridades e especialistas para tentar entender que gás poderia ter causado reações tão fortes e de onde ele escapou?
Na noite de terça-feira (4), a Santa Casa da cidade recebeu pessoas que mal conseguiam caminhar, outras desacordadas e dezenas de moradores desesperados, com dificuldade para respirar.
“Nesse momento eu falei assim, tem alguma coisa errada. De repente mais dois pacientes aí, mais três. Falta de ar e dor nos olhos. Outros falavam que estava sentindo uma pressão forte no peito e muita falta de ar, muita falta de ar”, relata a enfermeira Sueli Rosa.
“Chegou a ter um atendimento aqui simultaneamente de 30 pessoas ao mesmo tempo. Virou hospital de guerra, era muito desesperador”, relembra João Henrique Dias Pedro, administrador da Santa Casa.
“Eu estava aqui, na minha casa, deitada no sofá. Eu comecei a sentir aquele cheirinho. Aí, quando eu cheguei no portão da frente, eu abri pra ver da onde o cheiro vinha. Foi aí que eu já dei de cara com aquele cheiro bem forte mesmo. A gente olhava assim na luz do poste estava aquela fumaça, como se fosse uma neblina, branca. Eu me senti tonta na hora. Quando você ia puxar o fôlego, ar não saía. Aí eu acabei caindo. Aí, a única coisa que eu pensei foi em sair do local. Aí eu tentei me segurar na parede, vim entrar para dentro. Alcancei a chave do carro que estava em cima da estante”, conta a moradora Bruna Macedo.
Ao todo, 94 pessoas foram atendidas com sintomas como falta de ar, dor de cabeça, dor no peito, enjoo e desmaio. Segundo a prefeitura, mais de mil pessoas tiveram que deixar suas casas.
Veja na reportagem em vídeo:
- A ajuda dos voluntários para o atendimento dos intoxicados;
- Imagens exclusivas dos moradores procurado por atendimento;
- Relato de pessoas que foram intoxicadas pelo gás;
- As histórias dos moradores que precisaram sair das casas;
- O mapa que mostra por onde a nuvem tóxica se espalhou;
- Os objetos danificados pelo gás.
Os sintomas e os relatos dos moradores levantaram uma suspeita, já que falaram que tinha um cheiro de cloro. A pedido do Fantástico, o departamento de química da USP de Ribeirão Preto, que não participa da perícia técnica, realizou testes com esse tipo de gás.
Até agora não se sabe a origem do gás e do que ele é feito. Funcionários da prefeitura, técnicos da companhia ambiental de São Paulo e peritos da Polícia Civil continuam investigando.
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FONTE: Lapada Lapada