Testemunha no caso de dono de jornal executado em Maricá é presa por falso testemunho | Região dos Lagos

De acordo com o delegado titular, Dr. Pablo Valentim, Davi foi ouvido como testemunha por ser amigo da vítima. Em 2019, quando prestou depoimento por duas vezes, fez uma série de denúncias que depois tentou negar. Segundo a delegacia, Davi era coordenador de Assuntos Religiosos e acabou perdendo o cargo. A polícia diz ainda que ele chegou a tentar se retratar alegando problemas psicológicos e conseguiu novamente um cargo no executivo, e que Atualmente, Davi é gerente operacional da Vigilância Sanitária de Maricá.

Nesta quinta-feira, ao ser ouvido novamente e sendo confrontado com os demais depoimentos prestados, a delegacia diz que ficou evidente que Davi mentiu em troca de cargos na Prefeitura de Maricá, e prendeu o pastor, em flagrante, por falso testemunho.

Robson Giorno foi morto no dia 25 de maio de 2019, na porta de casa, na Avenida Prefeito Ivan Mundin. O empresário era conhecido por fazer críticas políticas e sociais em seu portal de notícias, e naquele ano havia manifestado o interesse em concorrer ao cargo de prefeito da cidade pelo partido Avante, ao qual era filiado.

Além de Robson, também foram mortos em 2019, Sidney da Silva, irmão do empresário Luciano da Silva Cardoso, o jornalista Romário, e o vereador Ismael e seu filho Thiago. De acordo com o delegado, todos os casos continuam sendo investigados.

“A linha investigativa aponta para os mesmos executores, e em alguns casos para o mesmo mandante. Mas não deixamos de analisar outras possibilidades”, disse o Dr. Pablo Valentim.

Pedimos à Prefeitura um posicionamento sobre a investigação apontar o falso testemunho de Davi como uma forma de conquistar cargos no município, mas respondeu apenas que o mesmo foi exonerado. Veja a nota abaixo:

“A Prefeitura de Maricá, por meio da secretaria de Saúde, informa que, a partir do conhecimento público de sua detenção, Davi Rezeno Gomes foi exonerado nesta sexta-feira (21/10) do cargo em comissão que exercia na vigilância sanitária do município”.

O g1 também solicitou ao advogado de Davi um posicionamento sobre o caso.

FONTE: Lapada Lapada

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