Gilberto Leite
Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que não estendeu bandeira branca ao governador Mauro Mendes (União), mas sim bandeira do respeito.Essa semana, ele declarou que sua relação pessoal com Mauro “não faz a menor diferença” e que o importante é io vínculo do Governo com Cuiabá.
Recentemente, após o fim do primeiro turno das eleições de 2022, o prefeito demonstrou a intenção de “fazer uma trégua” com Mauro. Ele disse que está pronto para parcerias por Cuiabá e que pelo compromisso com a cidade não há “espaço para críticas ou brigas”.
Porém, em resposta, Mauro rejeitou o “aceno” por causa dos ataques que sofreu durante a campanha eleitoral deste ano, reforçando que “isso é muito difícil de conseguir superar”. Emanuel reforçou que o importante, para ele, não é a relação com Mauro, mas sim com Cuiabá.
“Eu não tenho essa preocupação de minha relação pessoal mudar ou não mudar, não faz a menor diferença. Eu quero que mude a relação com Cuiabá, eu viro um bicho quando mexe com Cuiabá. Vou até as últimas consequências para exigir tudo que Cuiabá tem direito, eu só quero isso. Só quero que ele cumpra os compromissos com o povo cuiabano. Quero que o Governo do Estado, ele não, o Governo do Estado cumpra os compromissos com o povo cuiabano. […] Então, ajudando Cuiabá, repassando o que é de direito para nossa Capital, não só da saúde, mas em qualquer área, é tudo o que eu quero”, disse.
Emanuel também respondeu à fala de que saiu enfraquecido das eleições de 2022, com a derrota de sua esposa, Márcia Pinheiro (PV), que disputou o Governo do Estado com Mauro. O prefeito, no entanto, não enxerga da mesma forma. Ele disse que se reuniu com um analista político, que lhe disse que, na verdade, saiu vitorioso da eleição, pois elegeu aliados.
“E onde Emanuel Pinheiro botou a mão? Como é que foi? Emanuelzinho, Juca do Guaraná, Elizeu Nascimento […] Carlos Avalone que perdeu todas as eleições na vida, juntou com Emanuelzinho lá, fizemos a foto, ganhou a primeira [eleição], inclusive com a votação muito boa em Cuiabá. […] Então se isso é enfraquecimento… e mais, o governador não elegeu estadual dele, eu elegi o meu. […] Então respeite Emanuel na capital do estado de Mato Grosso, faça oposição, mas com responsabilidade”.
Pinheiro também alfinetou Mauro com relação aos votos que obteve na capital. Segundo ele, com os “14 ou 15 mil votos, perdeu para vários deputados estaduais”, inclusive Eduardo Botelho, também do União Brasil, que para Emanuel “então está mais credenciado” que Mauro na Capital. O prefeito lembrou que muitos de seus adversários políticos “dançaram”.
“Vamos lá, vamos a alguns nomes, os nomes que fizeram política de ódio e que pautaram a sua vida até agora em tentar destruir Emanuel Pinheiro. O destino deles no Estado é pífio, em Cuiabá é mais pífio ainda. Dilemário Alencar, Paccola, Marcelo Bussiki, vereador Joelson, Eduardo Magalhães, Felipe Wellaton, Aécio, pastor Jeferson, gente boa, mas se afastou de mim, Gisela Simona, Gilberto Figueiredo, Julier, que sobreviveu, mas também porque deu passo atrás e parou de falar de Emanuel Pinheiro, Diego Guimarães, Abílio Brunini e Fábio Garcia que foi, todo mundo sabe como é que ele foi eleito, mas Cuiabá é lá embaixo”.
FONTE: Folha Max