Durante a campanha eleitoral, muitas promessas eleitoreiras foram feitas, e para cumpri-las, os desafios serão enormes.
O primeiro desafio será a aprovação do orçamento para 2023 que ainda não foi aprovado, e que prevê um salário-mínimo bem abaixo do prometido durante a campanha, bem como o valor do auxílio-Brasil. De onde tirar dinheiro para tal?
O Presidente da Câmara, em seu pronunciamento já sinalizou que está aberto a negociações, mas a que custo? Claro que quer negociar cargos, inclusive sua reeleição. Vão começar já neste ano as negociatas, o que será péssimo para o Brasil.
O segundo desafio será a eleição, no dia 01/02/2023, dos Presidentes da Câmara e do Senado.
Com certeza, o Presidente da Câmara será do centrão, que tem a maioria absoluta de deputados, e todos da oposição ao novo governo.
Já, no Senado, o número de novos senadores de direita é significativo, e por certo o atual presidente não se reelegerá, o que será ótimo para pôr um freio nos absurdos avanços do STF.
O terceiro desafio será um dos mais importantes: quais as pautas do novo governo que até agora ninguém as conhece.
– Será que conseguirá negociar a revogação dos avanços obtidos na reforma trabalhista? Esperamos que não.
– Será que conseguirá convencer o Congresso a governarem juntos, e daí avançar nas reformas tributária e administrativa?
Mas para negociar com o Congresso, deverá nomear um Ministro da Economia muito hábil.
A indagação é: a que custo para o Brasil, o Congresso irá aceitar as pautas da esquerda?
Com certeza, será a base de ofertas de cargos, e nós já vimos este filme antes, que desaguou em enorme corrupção e roubalheira jamais vista antes, quase falindo as Estatais, a exemplo da Petrobrás e dos Correios.
Ao nosso sentir, o novo governo terá dias difíceis pela frente, pois nunca existiu antes uma oposição de verdade como agora, onde a direita tem maioria na Câmara e uma grande parcela de novos senadores, no Senado, que esperamos cumpram o papel de oposição, e não caiam na lábia do “encantador de serpentes”.
A nossa esperança será o Congresso, para que o país não retroaja, e que sejam mantidos os avanços conquistados nos últimos 4 anos, e só assim o Brasil se tornará uma grande nação.
As entidades do comércio deverão continuar atentas nas pautas de interesse do comércio, serviços e empreendedorismo, principalmente na aprovação do aumento do teto do Simples Nacional, previsto no PLP 108/21, mas sem aumento da alíquota, pois isso não significa renúncia fiscal.
Com sentimento de frustração e indignação, peço: não percam a esperança e não nos dispersemos, quatro anos passam rápido.
Otacilio Peron é Advogado em Cuiabá/MT
FONTE: Folha Max








