Os candidatos que não conseguiram arcar com suas dívidas de campanha vão ter seus gastos quitados pelos partidos. Em Mato Grosso, 3 dos 4 candidatos ao governo não arrecadaram o suficiente para cobrir as despesas contratadas durante os 45 dias do processo eleitoral.
Com isso, a direção nacional autoriza o partido a assumir a dívida. Mauro Mendes que conquistou a reeleição ficou devendo cerca de R$ 2,2 milhões. Ele gastou R$ 4,5 milhões e arrecadou R$ 2,3 milhões. O gestor afirmou que já havia ficado acordado que a sigla pagaria o que ficasse faltando.
Os partidos têm o prazo de até o início da eleição subsequente para que tudo seja quitado. As legendas ainda têm a possibilidade de parcelar a dívida, que serão pagas com recursos provenientes do Fundo Partidário, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) que tenha ficado retido na executiva nacional ou de doações particulares.
Dos R$ 2,3 milhões arrecadados pelo governador, o maior recurso veio do partido. Cerca de R$1,4 milhão foi doado pela direção nacional do União Brasil e R$ 583 mil da direção estadual. Quanto às doações de pessoas físicas, Cátia Regina Randon Rossato, esposa do ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (PR), foi a maior doadora de Mendes, aportando R$150 mil na campanha.
No ranking de despesas, Mendes teve como maior gasto a produção de programas de rádio e televisão com o qual empregou R$ R$ 901 mil. Na publicidade de adesivos, ele investiu R$ 834 mil e outros R$ 805 mil com serviços prestados por terceiros.
Márcia Pinheiro (PV) também ficou com dívidas de campanha. Ela contratou despesas na ordem dos R$ 3,6 milhões e arrecadou apenas R$ 1,3 milhão. Sua dívida gira em torno de R$ 2,3 milhões. O PP, que estava no arco de alianças, é o primeiro no ranking de doadores, aportando R$ 400 mil em sua campanha.
O PV colocou R$ 300 mil. Ela teve como maior gasto a produção de programas de rádio e TV com despesas de R$ 1,5 milhão e outros R$ 501 mil direcionados para materiais impressos. De acordo com ela, seu partido também vai arcar com as dívidas.
FONTE: Folha Max