João Pedro Donadel
Da Redação
Semana7
Defesa do ex-vereador alega perseguição política para removê-lo do legislativo
Com possíveis irregularidades, o processo que cassou o ex-vereador de Aragarças, Rones Kley (Republicanos), poderá contar com um revés, ou até mesmo sua anulação.
O fato do suplente Dulcindo Figueredo dos Santos, o Duda (Republicanos) votar no processo que, em tese, o beneficia, causou estranhamento a juristas e até mesmo políticos da cidade goiana.
O Decreto de Lei 201/67 que rege o procedimento de processo político administrativo de cassação de prefeito e vereador prevê uma comissão processante e ressalta impedimento de que o suplente vote na matéria que afaste o titular do mandato. Essa informação é extraoficial e comenta-se que a Câmara de Aragarças teria alterado o regimento interno permitindo que o suplente possa votar na CPI.
A reportagem original, feita pelo portal Araguaia Notícia, procurou a defesa do ex-parlamentar, que preferiu não comentar sobre o tema neste momento. Também foi feito o contato com a vereadora Deuzilda Moreira (PP), presidente do legislativo aragarcense, porém sem sucesso.
Na última terça-feira (22), em sessão extraordinária, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada no mês de agosto deste ano, teve resultado de 8 votos a 2, o que resultou na cassação de Rones.
Votaram favoráveis a cassação: vereadores Deuzilda, Jairo, Esquerdinha, José Carlos. Hudson Manteiguinha, Ronaldo da Água, Diogo Rezende e Duda. Já contra votaram os vereadores Nego Leão e Maria Rosa. O vereador Darci Barros se absteve de votar.
Com isso, Rones que já estava afastado da função parlamentar, perde o mandato e a vaga dele fica em definitivo com suplente e agora vereador Duda. Durante a votação, os vereadores Nego Leão, Maria Rosa e Darci Barros usaram da palavra para questionarem o fato de que o denunciante (eleitor que fez a representação pedindo a CPI contra Rones) estaria morando em outro país.
Rones Kley foi acusado de irregularidade na Câmara durante operação da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) no mês de agosto. Na época, a Dercap disse que havia um suposto esquema de corrupção no legislativo que teria se iniciado em janeiro de 2021 e ficou ativo até maio deste ano.
A defesa de Rones, na época, alegou inocência do cliente, e que o vereador seria vítima de uma possível articulação para derrubá-lo do legislativo aragarcense. (Com informações de Araguaia Notícia)
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FONTE: SEMANA7