sexta-feira, março 14, 2025

Quatro vtimas seguem em estado grave aps atentado no ES

 

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo informou na manhã deste domingo que três professoras baleadas passaram por cirurgia e seguem em estado grave. Duas crianças, um menino de 11 anos e uma menina de 14, estão em estado “gravíssimo”. Uma foi baleada na barriga. A outra, na cabeça e está intubada.

Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN): duas mulheres, idades 52, 45 anos, seguem em UTI em grave estado geral.

Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”(HEUE): uma mulher, de 58 anos, estado de saúde estável.

Hospital Estadual N.Sra. da Glória “Infantil de Vitória” (HINSG): um menino, de 11 anos, segue em estado grave; uma menina, de 14 anos, segue entubada em grave estado geral. Ambas estão em UTI no Pronto Socorro do HINSG ‘Dra. Milena Gotardi’.

Ontem, uma terceira professora que havia sido operada não resistiu aos ferimentos e morreu. Flávia Amboss Merçon Leonardot tinha 38 anos. No dia dos ataques, a última sexta-feira, outas duas profissionais da educação e uma menina de 12 anos morreram baleadas pelo atirador.

Na noite de sábado, a mãe de Selena Sagrillo, morta dentro da escola privada que foi atacada, divulgou uma carta em que compartilha o sofrimento pela perda da menina e pede amor, piedade e segurança para crianças (leia na íntegra no final da reportagem).

“Sentada em meio ao pequeno caos criativo que era seu quarto, encontrei um texto que […] dizia: ‘Vai ter um dia em que o mundo inteiro vai estar do seu lado, e esse dia é hoje. Eu esperei minha vida inteira. E tudo está bem.’ […] Realmente o dia estava próximo para minha filha”, escreveu a mãe. “Que a partida da Selena seja o início de uma nova revolução, assim como ela gostava, mas uma revolução baseada no amor e segurança para nossas crianças de todas as etnias, regionalidade, classe social e crença.”

De acordo com a polícia, um adolescente de 16 anos confessou o crime e afirmou que planejava os ataques há dois anos. A motivação ainda é investigada.

Como o crime aconteceu?

Por volta das 9h50, o adolescente, armado, vestindo uma farda camuflada e com o rosto coberto, arrombou o cadeado do portão da escola pública Primo Bitti e foi direto à sala dos professores, onde atirou em professoras. Duas morreram. Depois, ele voltou ao carro e se dirigiu ao segundo colégio, particular, onde também disparou contra quem via pela frente. Uma menina de 11 anos morreu. Ao todo, 11 pessoas ficaram feridas. Ele, então, fugiu com o carro, que estava com a placa encoberta por fitas. Ele seria capturado horas depois.

Onde ele conseguiu a arma?

O garoto usou uma arma que pertence ao pai, que é tenente da Polícia Militar do Espírito Santo. De acordo com as autoridades policiais, ele e a mãe colaboraram para que o filho se entregasse.

Ele confessou o crime?

Sim, segundo a polícia. Ao ser apreendido em casa, o garoto confirmou que realizou os ataques. Disse, também, que planejava o crime há 2 anos, ou seja, quando tinha apenas 14 anos. A polícia ainda investiga a motivação.

Quem são os mortos?

As vítimas são duas professoras, baleadas na escola pública, cenário do primeiro ataque, e uma criança de apenas 11 anos, atingida no segundo colégio, particular. Os nomes não foram divulgados.

E o carro?

Após o crime, o atirador entrou no carro, um Renault Duster dourado, visto por várias testemunhas, e fugiu. A polícia agora já sabe que ele voltou para casa para devolver o veículo, que pertence ao pai. O automóvel chegou a ser apreendido no momento em que o rapaz foi apreendido.

Ele era ex-aluno de alguma das escolas atacadas?

Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Educação revelou que o atirador era ex-aluno da escola estadual Primo Bitti. Os pais teriam pedido transferência do rapaz este ano, mas o motivo para esta decisão ainda será esclarecido pelas autoridades.

FONTE: Folha Max

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