O governador Mauro Mendes (União Brasil) cobrou uma “apuração à altura” da conduta do delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC), Bruno França Ferreira, que na última segunda-feira (28) invadiu uma residência num condomínio de luxo em Cuiabá. Mauro Mendes esteve na manhã desta quinta-feira (1º de dezembro) na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), num encontro entre prefeitos para discutir as perspectivas fiscais do ano de 2023.
Ele conversou com jornalistas que cobriam o evento, e comentou sobre o caso do delegado da PJC. Mendes disse ter concordado com a nota da PJC sobre o incidente, onde a corporação se “descolou” de Bruno França Ferreira, dizendo que o delegado “agiu por conta própria”.
“A Secretaria [de Segurança Pública] e a Polícia Civil já falaram sobre isso e eu concordo com a nota. Tem que ter uma apuração realmente a altura do que aconteceu”, comentou o governador. Na sequência, o governador pondera que a PJC “provavelmente” deve afastar Bruno França Ferreira, além dar o tratamento ao caso “dentro daquilo que estabelece a legislação”.
O delegado Bruno França Ferreira, porém, se antecipou à ação não só da PJC pelo afastamento, mas também da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT), e também da defesa da moradora da casa no condomínio de luxo, alvo do delegado. Ele pediu afastamento na manhã desta quinta-feira, e publicou uma nota criticando a vítima. Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o delegado num ato de abuso de autoridade, com uso de outros policiais, quando invadiu, armado, a casa de uma empresária intimidando toda a família da vítima.
As imagens revelaram como o profissional, acompanhado de mais três policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE), realizou o procedimento. Aos gritos, com arma em punho, ele xinga a moradora, exige que ela se deite no chão dentro da própria casa e ameaça “explodir” a cabeça dela.
O delegado não tinha um mandado de prisão ou de busca e apreensão, e arrombou a porta da residência, na noite da última segunda-feira – período em que é incomum ações policiais desta natureza. O delegado invadiu a casa da empresária alegando estar cumprindo uma prisão em flagrante em razão de um suposto descumprimento de uma medida protetiva que seu enteado, um adolescente de 13 anos, possui contra a moradora.
Na delegacia, ele também xingou o advogado que atendia a mulher. Na nota publicada em que informa o seu afastamento, o delegado critica a postura da vítima, que estaria expondo o caso publicamente, me
FONTE: Folha Max
