O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) saiu em defesa dos policiais militares que foram filmados comendo nas tendas de manifestantes bolsonaristas em frente à 13ª Brigada de Infantaria, em Cuiabá.
O Ministério Público Estadual determinou a abertura de investigações contra os policiais nesta semana nas promotorias criminais e militar.
Além da suposta atuação com os manifestantes, os policiais também teriam conduzido dois petistas à delegacia, supostamente presos na viatura policial por um longo período antes de serem apresentados à PJC.
Elizeu, que também é policial militar, citou que os militares têm “livre arbítrio” para fazer rondas e abordagens quando acharem necessário.
“A situação ocorrida está direcionada a ser investigada e acredito que o melhor a se fazer no momento é aguardar que as autoridades investiguem e tomem providência. Agora, punir militar por ele estar em um ambiente que é um manifesto… Não significa que ele está ali apoiando. Tem casos e casos”, disse à imprensa nessa semana.
Não significa que ele está ali apoiando. Tem casos e casos
O parlamentar ainda ponderou que é preciso aguardar as investigações para saber sobre a condução dada pelos PMs a respeito da abordagem aos petistas.
“A abordagem é natural, comum. Tem que saber qual o teor do boletim de ocorrência. Qual é a situação que os levou a fazer a condução desses jovens? É como disse: o melhor a se fazer é aguardar a investigação”, afirmou.
“Grupos que divergem da ideologia político-partidária estar em um mesmo ambiente pode acabar ocorrendo coisas mais trágicas. Então, nesse sentido, a Polícia fazer abordagem até em forma de levar ali o trabalho preventivo”, disse.
Entenda
Por meio de comunicado à imprensa, Denilson D’Arc, que é secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT-MT) disse que estava em um ponto de ônibus próximo a 13ª Brigada e decidiu filmar a manifestação.
Em determinado momento, Denilson disse que identificou policiais fardados se alimentando no acampamento. Com o celular em mãos, pessoas que estavam no local o identificaram como filiado ao PT, partido de Lula, e teriam os hostilizados.
Segundo ele, dois policiais os abordaram para “questionar a razão das filmagens”. “Durante abordagem em nenhum momento desacatamos ou desrespeitamos os mesmos. Fizeram a revista dos meus pertences onde não encontraram nada irregular”.
No relato, o petista ainda narra que ficou “preso” na viatura por duas horas. Após prestarem depoimento a Polícia Judiciária Civil, os dois militantes foram liberados.
Após o relato do petista vir a público, o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges Pereira determinou a abertura de investigação contra os policiais militares.
A determinação foi encaminhada à 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, cuja atribuição está atrelada à Vara da Justiça Militar e também à 19ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá – Tutela da Segurança Pública – à qual cabe atuar no controle externo da atividade policial.
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FONTE: Midia News
