O juiz da Vara Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, condenou na noite desta sexta-feira o tenente coronel reformado da Polícia Militar, Marcos Eduardo Ticianel Paccola, a quatro anos e seis meses de reclusão pelo crime de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações devido a adulteração do registro de armas. Os fatos foram descobertos durante a “Operação Coverage”, uma das fases da “Operação Mercenários” que investigou um grupo de extermínio que teria praticado ao menos sete mortes em Cuiabá e Várzea Grande entre os anos de 2015 e 2016.
Na denúncia, o Ministério Público pediu a condenação de Paccola, que é vereador cassado em Cuiabá após matar um agente socioeducativo, com a exclusão dele dos quadros da PM e ainda 12 anos de prisão. Em setembro, Paccola chegou a ser preso pelo fato, mas foi solto logo em seguida por decisão do Tribunal de Justiça.
Marcos Faleiros chegou a votar pela exclusão e perda de patente de Paccola. No entanto, os coroneis que compoem o Conselho Militar optaram, por maioria, em manter Paccola como oficial reformado mantendo o cargo.
Como a condenação dele foi abaixo de oito anos, o tenente coronel cumprirá a pena em regime aberto. Outro denunciado pelo MPE por fazer parte do suposto esquema, o segundo tenente Cléber de Souza Ferreira, foi condenado a dois anos de reclusão por falsidade ideológica e seguirá nas funções na PM.
Paccola foi aposentado aos 37 anos da Polícia Militar (PM), após 19 anos e 10 meses e 11 dias de contribuição. Está aposentado da Polícia Militar desde o dia 18 de março de 2021, com remuneração mensal R$ 18.376,72 mil.
FONTE: Folha Max







