quarta-feira, novembro 5, 2025

Ablio revolta aliados por ‘fugir’ de atos golpistas e espera que Lula no assuma

Ablio revolta aliados por 'fugir' de atos golpistas e espera

 

O deputado federal eleito em 2022, Abílio Júnior (PL-MT), defendeu a anulação das eleições deste ano que elegeram ele mesmo. “Bolsonarista Raiz”, o ex-vereador que teve o mandato cassado em março de 2020 por quebra de decoro na Câmara de Cuiabá, também explicou sua falta nos atos terroristas financiados por empresários da indústria e do agronegócio, acobertados pela Polícia Militar e pelas Forças Armadas, que “sonham” em dar um novo golpe militar no Brasil.

Abílio esteve presente na diplomação do governador Mauro Mendes (União Brasil), ocorrida na noite da última quinta-feira (15), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), em Cuiabá. Ele conversou com jornalistas que acompanhavam o evento, reconhecendo que alguns dos terroristas acampados em frente a quartéis, que pedem um golpe militar para manter Jair Bolsonaro no poder, estão com raiva dele.

Apesar dos ataques à mão armada a uma base da concessionária que administra a BR-163, em Lucas do Rio Verde (354 KM de Cuiabá), feitos pelos terroristas pró-Bolsonaro, que impediram, até mesmo, uma criança de seguir viagem pela mesma rodovia, em Mato Grosso, em direção à capital, para a realização de uma cirurgia oftalmológica, correndo o risco de ficar cega – e diversos outros atos de terrorismo, inclusive contra a Polícia Federal -, Abílio chamou o movimento golpista de “manifestações”.

“Todo mundo sabe que eu não participei das manifestação, eu não estive lá, inclusive tem muitos manifestantes que estão com raiva de mim por não ter ido lá”, reconheceu ele.

O deputado federal revelou que o Partido Liberal, do qual é filiado, orientou os parlamentares eleitos, e também com mandato, a não participarem dos atos para “desvincular” a imagem dos políticos dos crimes que vem ocorrendo contra o estado democrático de direito.

Definindo-se como “Bolsonarista Raiz”, o deputado federal eleito também defendeu a anulação das eleições que elegeram ele mesmo – desde que seja comprovado “adequadamente” na Justiça Eleitoral.

“Sim, se for comprovado que houve uma irregularidade no processo eleitoral, eu acredito que não se dá nem ao fato de eu decidir ou não. Eu acho que pelo justo é que todos deveriam reparticipar do processo. Isso se for comprovado adequadamente através do processo da Justiça Eleitoral”, condicionou ele.

Abílio confessou que ainda tem “esperança” que o presidente eleito Lula não assuma o mandato, prevendo que ele não terá “vida fácil” na Câmara dos Deputados. “Se o Lula assumir, será um trabalho de oposição. Mas eu também percebo que a maioria da Câmara será de oposição ao Lula. Não vai ter vida fácil não”.

FONTE: Folha Max

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