sexta-feira, dezembro 19, 2025

Justia solta ‘terrorista’ que colocou fogo em carretas em MT

Justia solta 'terrorista' que colocou fogo em carretas em MT

 

A Justiça concedeu, nesta segunda-feira (19), um habeas corpus para Danilo José Ribeiro de Souza Pinto, que havia sido preso junto com o empresário Olair Correa por suspeita de incendiar carretas em Sinop, a 503 km de Cuiabá, durante atos antidemocráticos que questionam o resultado da eleição presidencial, no dia 21 de novembro. Na decisão, o desembargador federal César Jatahy definiu que, assim como Correia, que foi liberado na semana passada, Souza Pinto deve se apresentar todos os meses à Justiça e não pode se ausentar do município por mais de oito dias, além de estar está proibido de participar de manifestações de cunho político e de ter contato com outros investigados.

A defesa alegou que testemunhas não o reconheceram. Correia e Souza Pinto foram presos, segundo a Polícia Militar, com galões de combustíveis, uma arma de fogo com dois carregadores, munições e quase R$ 1 mil em dinheiro, entre outros itens.

“As autoridades policiais encarregadas da condução do flagrante foram negligentes e inverídicos em suas narrativas, uma vez que não possui qualquer vínculo com a ocorrência, não fora reconhecido pela vítima, não foi encontrado com simulacro de arma de fogo e não empreendeu fuga durante a abordagem policial”, citou a defesa.

Correia recebeu um habeas corpus no dia 13 de dezembro. Na mesma sessão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), o benefício foi concedido a Vilson Gabriel Brancalione, Felipe Carvalho Duffeck e João Pedro de Lima Coelim, que são suspeitos de furtar pneus de uma borracharia para incendiar trechos da BR-163, em Nova Mutum, 269 km de Cuiabá, e trocarem tiros com a polícia.

Eles também terão que cumprir as mesmas determinações impostas a Souza Pinto ou podem ser presos novamente. De acordo com a Polícia Militar, Olair Correia e Danilo José Ribeiro de Souza foram flagrados ao abordar um caminhão que não parou nos bloqueios e, com isso, os suspeitos foram atrás do motorista.

Além disso, eles já teriam incendiado outro caminhão em atos antidemocráticos. Correia chegou a ter a prisão em flagrante convertida em preventiva pelos crimes de “incêndio, atentado contra a segurança de outro meio de transporte e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

O relator citou que, no momento em que o suspeito foi preso, a dupla possuía nove galões de gasolina, quatro facas e facões, quatro isqueiros, duas sacolas com estopas e um estilingue, além de portarem uma arma de fogo. O produtor rural, em vídeos nas redes sociais, pedia dinheiro e transferências bancárias para custear despesas, como alimentação, nos atos às margens das rodovias.

Vilso Gabriel Brancalione – delegado suplente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) – Felipe Carvalho Duffeck, e João Pedro de Lima Ceolim estavam presos por roubarem pneus de uma borracharia para incendiar trechos da BR-163 e trocarem tiros com a Polícia Militar. Os três jovens ameaçarem uma mulher em uma borracharia às margens da rodovia e fugiram com pneus.

Em patrulhamento pela estrada, os policiais encontraram pontos incendiados da rodovia e conseguiram localizar os suspeitos, que entraram em uma caminhonete e, durante a perseguição, atiraram contra os policiais, que revidaram. Ainda conforme o registro policial, o veículo entrou em uma propriedade rural e foi abandonado. Os suspeitos, após buscas e negociações com as equipes, se entregaram e foram presos.

FONTE: Folha Max

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