O Hospital Municipal de Cuiabá e Pronto-Socorro Dr. Leony Palma de Carvalho (HMC) está entre os poucos hospitais públicos do país que dispõe de câmara hiperbárica. O serviço foi implantado em junho de 2021, na unidade. Ao todo já foram realizadas 10.411 sessões de oxigenoterapia hiperbárica (OHB) aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
A oxigenoterapia hiperbárica ajuda na recuperação de pacientes vítimas de lesões decorrentes de traumas, feridas, queimaduras e infecções. O tratamento acelera o processo de cicatrização, consequentemente reduz o número de amputações. Além disso, diminui o risco de infecção e o tempo de internação de pacientes.
O médico hiperbarista, Pedro Henry, explica que o paciente é colocado em uma câmara hiperbárica por 90 minutos, durante esse tempo, o paciente inala oxigênio a 100%, em um ambiente cuja pressão é cerca de 2,5 vezes maior que a pressão atmosférica normal.
“A absorção maciça de oxigênio que ocorre nessas condições eleva para mais de 20 vezes os valores normais da pressão de oxigênio no organismo humano. Isso é um tratamento de ponta que produz inúmeros efeitos benéficos nos pacientes”, explicou Henry.
Para o diretor-geral Paulo Rós, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que administra o HMC, é muito comum no Hospital Municipal de Cuiabá a admissão de pacientes em situações de traumas decorrentes de acidentes de trânsito.
“O HMC é referência em traumatologia e ortopedia. E a oxigenoterapia hiperbárica é fundamental para o tratamento destes pacientes com grandes lesões. Sem o recurso da oxigenoterapia hiperbárica é pouco provável a recuperação completa do paciente. É um avanço muito grande para a rede SUS”, concluiu.
Reconhecimento internacional
O Tratamento com oxigenoterapia hiperbárica do Hospital Municipal de Cuiabá foi reconhecido internacionalmente, através do jornal coreano “Journal of Trauma and Injury – JTI”. O jornal publicou no dia 26 de maio, o relato de caso de um paciente da rede SUS, tratado no HMC, com oxigenoterapia hiperbárica, em decorrência de uma lesão por esmagamento na mão. O paciente também foi submetido à cirurgia reconstrutiva e cirurgia para enxerto na mão. Com o tratamento, o paciente recuperou as funções da mão, o que seria pouco provável se não fosse tratado com a oxigenoterapia hiperbárica.
FONTE: Midia News