Após o racha entre o PSD e o União Brasil em Mato Grosso, ocorrido nas eleições deste ano, o presidente do PSD-MT, o senador Carlos Fávaro confirmou nesta sexta-feira (23), ao FOLHAMAX, que entregou os cargos que a sigla possui na administração do Governo do Estado.
A ruptura entre os partidos se deu após Fávaro, que antes fazia parte do grupo político do governador Mauro Mendes, resolver trocar de lado. Ele optou por apoiar a candidatura de Marcia Pinheiro (PV) ao Governo do Estado, assim como a do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Mendes apoiou Jair Bolsonaro (PL).
Com a medida, Mendes, que está formando o novo secretariado para o novo mandato, deve ter mais liberdade para pensar em quem irá compor o quadro de chefias do Executivo, já que o PSD tem dois deputados na Assembleia Legislativa, pelos próximos quatro anos.
Fávaro informou que enxerga com naturalidade o ato, devido ao rompimento político já estabelecido. “Entregamos. O partido não esteve no palanque do governador e não tem por que participar do Governo”, disse o senador.
Atualmente o PSD ocupa uma secretaria na gestão Mendes, a de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), que atualmente está sob o comando de Maurício Munhoz, responsável pelo “recado” ao gesto do Palácio Paiaguás sobre a entrega do cargo.
Por conta apoio a Lula na eleição, o senador é apontado como um dos principais cotados para assumir o Ministério da Agricultura. Com isso, a primeira suplente, Margareth Buzetti, assumiria seu lugar no Congresso Federal. No entanto, pelo fato da empresária ter apoiado Bolsonaro, o fato dela assumir o cargo tem se tornado motivo de preocupação nos bastidores políticos nacionais, já que aliados do petista temem perder uma cadeira no Senado. Buzetti, por sua vez, já declarou que caso Fávaro venha a assumir o comando do ministério, irá migrar do PP para o PSD e apoiará o presidente Lula.
FONTE: Folha Max