terça-feira, outubro 28, 2025

ECS deve R$ 84 mi a fornecedores e R$ 72 mi de INSS e FGTS

Em documento enviado para a Justiça nesta quinta-feira (5), o então interventor da Saúde em Cuiabá, Hugo Lima, mostrou que a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECS) está devendo R$ 84 milhões aos seus fornecedores e R$ 72 milhões de passivos trabalhistas.

 

Ao todo, as dívidas somam R$ 160 milhões. Na última sexta-feira (7), o Superior Tribunal de Justiça concedeu uma liminar à Prefetura e suspendeu a intervenção até que o Tribunal de Justiça julgue o mérito da ação.

 

O termo “passivo trabalhista” se refere a todas as dívidas que a empresa possui devido a falta de cumprimento de obrigações trabalhistas, recolhimento de encargos sociais e pagamento de benefícios obrigatórios pela lei.

 

Os R$ 72,2 milhões em dívida correspondem à falta de recolhimento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), segurado e patronal, e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

 

Já em relação aos fornecedores, Lima identificou que alguns estão há 12 meses sem receber. O passivo deste grupo é de R$ 84,6 milhões, não considerando os serviços tomados ou bens adquiridos a partir de outubro de 2022.

 

A Empresa Cuiabana administra o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e o Hospital São Benedito (HSB).  Ambos são os principais em atendimento público da Capital.

 

O HMC é hospital com atendimento de urgência, emergência e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Possui 315 leitos de enfermaria e 60 leitos de UTI, mas só tem utilizado 30% de sua capacidade, segundo o interventor.

 

Já o HSB é hospital que realiza, principalmente, procedimentos de neurocirurgia de alta complexidade. Possui 30 leitos de UTI e 85 de enfermaria.

 

Na petição, o interventor expressa sua preocupação e o agravo da situação devido ao atraso de pagamentos por parte da ECS que, consequentemente, pode gerar paralisação dos serviços essenciais de saúde.

 

No último ano a imprensa noticiou diversas denúncias em relação à falta de pagamento, que geraram ameaças de greve na saúde pública da Capital.

 

“Ao passo que a ECSP atrasa os pagamentos, as prestadoras de serviço também protelam o pagamento dos médicos, que estão sem receber há mais de 3 meses.  A insatisfação é crescente e pode acarretar descontinuidade do atendimento por paralisações ou abandono dos médicos especialistas”, conclui em trecho do documento.

 

Leia mais:

 

Interventor pede busca e apreensão e R$ 120 milhões para custeio

 

Emanuel deixa de pagar R$ 164 mi em despesas feitas em 2022

 



FONTE: Midia News

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens