Para se tornar prisioneiro da verdade dos outros não é preciso acreditar nela, basta aceitá-la pacificamente. Essa é a diferença entre os que lutam por liberdade e os que teimam em relativiza-la.
“Cogito, ergo sum”, traduzindo, Penso, logo existo ou, ao pé da letra, “Penso, portanto sou” – A frase do filósofo René Descartes, autor de Discurso sobre o método é uma orientação para bem conduzir a razão na busca da liberdade, um exemplo clássico de que ela é sua, própria, e está especificamente
relacionada ao pensamento individual, não ao coletivo, pois esse remete à liberdade com os limites impostos por quem a controla.
“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência” – Para Mahatma Gandhi, advogado, nacionalista e especialista em ética política, que inspirou movimentos pelos direitos civis e liberdade em todo o mundo está claro que ela é permanente desde que consciente.
A questão colocada por ele é pertinente porque o controle externo não impede a liberdade vez que ela está no pensamento e não na ação ou em sua falta. Como dito, para Gandhi, a liberdade não é causa, muito menos efeito, e sim consciência.
“Você é livre para pensar suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências” – É o que diz Pablo Neruda, poeta, diplomata e Prêmio Nobel de literatura cujo ideologia foi razão de seu sucesso na literatura e fracasso na vida. Aqui vemos a realidade da liberdade exposta da maneira concisa.
Nela Neruda se refere aos atos de pensar, escolher e agir como ações libertárias que, inevitavelmente, voltarão a seu autor com suas consequências.
Não há como escapar das consequências da liberdade, assim acontece com quem luta por ela, mas principalmente com aquele que a relativiza e sob esse pretexto a impede, tornando esse contexto a atual realidade do país.
Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.
FONTE: Midia News