quarta-feira, dezembro 10, 2025

Governador do Pará debate sobre bioeconomia na Amazônia no Fórum Mundial, em Davos

Governador do Pará debate sobre bioeconomia na Amazônia no Fórum


Bioeconomia deve ser estratégia utilizada para gerar emprego e renda junto à biodiversidade amazônica. Governador Helder Barbalho fala sobre o cenário do Pará e da Amazônia em Fórum Mundial
O governador do Pará Helder Barbalho (MDB) participou de um debate sobre bioeconomia sustentável na Amazônia durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
A programação reuniu atores públicos e privados de alto nível e de diferentes países com objetivo de discutir a transição para uma floresta em pé e a bioeconomia sustentável na Bacia Amazônica.
“Tivemos a oportunidade de debater a importância da bioeconomia como nova estratégia de negócios que possa conciliar a biodiversidade, a riqueza da floresta, e particularmente, a Amazônia, que é o maior ativo de biodiversidade do mundo com a relevância de encontrar uma solução social com geração de emprego e de renda com a transição do uso do solo”, detalhou o chefe do Executivo Estadual.
Além de Helder Barbalho, participaram a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, além de ministros da Colômbia, do Peru, da Alemanha e do Reino Unido, e também importantes companhias privadas que estão dispostas a financiar investimentos em tecnologia, inovação e conhecimento.
Governador do Pará e a ministra do Meio Ambiente participam do Fórum Econômico em Davos, na Suíça
Divulgação
“A ideia é que a partir daí, estudando e potencializando as riquezas da biodiversidade, nós possamos fazer com que a cadeia de negócios seja alavancada, fazendo efetivamente com que a bioeconomia seja a nova vocação dos estados da Amazônia, e em particular, do estado do Pará”, finalizou Helder.
Durante o encontro foram discutidos possíveis financiamentos, incluindo mecanismos de eliminação de riscos, e abordagens bem-sucedidas que podem ser usadas por jurisdições na Amazônia, além de fazer a transição para uma economia que oferece benefícios para as pessoas e para o planeta.
“Floresta em pé precisa ter valor, precisamos assegurar que haja um mercado de crédito de carbono, para que a partir daí a floresta em pé tenha um valor específico, a captura de carbono tenha um valor específico, e este mercado possa ser rentável para o produtor rural, lá na ponta, para que, da mesma forma que ele tem renda na agricultura e na pecuária, possa também receber por ser fiscal da floresta, e consequentemente, a gente possa compatibilizar a nossa obrigação de manter a floresta em pé com o ativo sustentável e ambiental, mas por outro lado a gente possa dar uma alternativa financeira para as pessoas”, complementou Helder.
Campeão em desmatamento na Amazônia, conforme dados do Imazon, o Pará registrou redução de 21% no desmatamento em áreas estaduais, segundo o governo estadual, com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) no Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes 2022).
A redução alcançada, de 1.097km² em números absolutos, compreende 75% da área reduzida na Amazônia Legal. O Pará vem ampliando ações voltadas para uma economia de baixo carbono, por meio de uma valorização da floresta, com alternativas de uso da terra sem conversão florestal, como propõe o Plano Estadual de Bioeconomia, lançado na Conferência do Clima (COP 27) no Egito, em novembro de 2022.
A Semas está empenhada em fortalecer as ações de combate ao crime ambiental com a união dos esforços futuros entre o governo estadual e federal.
“É fundamental que possamos avançar na proteção e no combate a todas as ilegalidades ambientais na Amazônia, com a estruturação de mecanismos de fiscalização, monitoramento e controle de órgãos federais para permitir que o combate ao desmatamento aconteça de maneira mais firme e enérgica. E no âmbito dos estados, devemos reforçar o combate e encontrar soluções, mas apenas com isso não vamos alcançar o desmatamento. Por isso tenho debatido que precisamos mudar o uso da terra, seja a pecuária que continue sem avançar para a floresta, continuando a vocação da produção de alimentos no nosso estado, mas devemos ir adiante, e a bioeconomia é a solução”, pontuou Barbalho.
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FONTE: Lapada Lapada

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