Bioeconomia deve ser estratégia utilizada para gerar emprego e renda junto à biodiversidade amazônica. Governador Helder Barbalho fala sobre o cenário do Pará e da Amazônia em Fórum Mundial
O governador do Pará Helder Barbalho (MDB) participou de um debate sobre bioeconomia sustentável na Amazônia durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
A programação reuniu atores públicos e privados de alto nível e de diferentes países com objetivo de discutir a transição para uma floresta em pé e a bioeconomia sustentável na Bacia Amazônica.
“Tivemos a oportunidade de debater a importância da bioeconomia como nova estratégia de negócios que possa conciliar a biodiversidade, a riqueza da floresta, e particularmente, a Amazônia, que é o maior ativo de biodiversidade do mundo com a relevância de encontrar uma solução social com geração de emprego e de renda com a transição do uso do solo”, detalhou o chefe do Executivo Estadual.
Além de Helder Barbalho, participaram a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, além de ministros da Colômbia, do Peru, da Alemanha e do Reino Unido, e também importantes companhias privadas que estão dispostas a financiar investimentos em tecnologia, inovação e conhecimento.
Governador do Pará e a ministra do Meio Ambiente participam do Fórum Econômico em Davos, na Suíça
Divulgação
“A ideia é que a partir daí, estudando e potencializando as riquezas da biodiversidade, nós possamos fazer com que a cadeia de negócios seja alavancada, fazendo efetivamente com que a bioeconomia seja a nova vocação dos estados da Amazônia, e em particular, do estado do Pará”, finalizou Helder.
Durante o encontro foram discutidos possíveis financiamentos, incluindo mecanismos de eliminação de riscos, e abordagens bem-sucedidas que podem ser usadas por jurisdições na Amazônia, além de fazer a transição para uma economia que oferece benefícios para as pessoas e para o planeta.
“Floresta em pé precisa ter valor, precisamos assegurar que haja um mercado de crédito de carbono, para que a partir daí a floresta em pé tenha um valor específico, a captura de carbono tenha um valor específico, e este mercado possa ser rentável para o produtor rural, lá na ponta, para que, da mesma forma que ele tem renda na agricultura e na pecuária, possa também receber por ser fiscal da floresta, e consequentemente, a gente possa compatibilizar a nossa obrigação de manter a floresta em pé com o ativo sustentável e ambiental, mas por outro lado a gente possa dar uma alternativa financeira para as pessoas”, complementou Helder.
Campeão em desmatamento na Amazônia, conforme dados do Imazon, o Pará registrou redução de 21% no desmatamento em áreas estaduais, segundo o governo estadual, com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) no Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes 2022).
A redução alcançada, de 1.097km² em números absolutos, compreende 75% da área reduzida na Amazônia Legal. O Pará vem ampliando ações voltadas para uma economia de baixo carbono, por meio de uma valorização da floresta, com alternativas de uso da terra sem conversão florestal, como propõe o Plano Estadual de Bioeconomia, lançado na Conferência do Clima (COP 27) no Egito, em novembro de 2022.
A Semas está empenhada em fortalecer as ações de combate ao crime ambiental com a união dos esforços futuros entre o governo estadual e federal.
“É fundamental que possamos avançar na proteção e no combate a todas as ilegalidades ambientais na Amazônia, com a estruturação de mecanismos de fiscalização, monitoramento e controle de órgãos federais para permitir que o combate ao desmatamento aconteça de maneira mais firme e enérgica. E no âmbito dos estados, devemos reforçar o combate e encontrar soluções, mas apenas com isso não vamos alcançar o desmatamento. Por isso tenho debatido que precisamos mudar o uso da terra, seja a pecuária que continue sem avançar para a floresta, continuando a vocação da produção de alimentos no nosso estado, mas devemos ir adiante, e a bioeconomia é a solução”, pontuou Barbalho.
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FONTE: Lapada Lapada