segunda-feira, setembro 1, 2025

Parlamentares do PL se aproximam de Lula; 4 de MT leais ao bolsonarismo

Jacques Gosch

RD News

Integrantes de partidos que integram a  base de apoio  do presidente da República Lula  (PT) afirmam haver conversas com parlamentares da oposição, em especial do PL do antecessor  Jair Bolsonaro, para adesão ao governo nos primeiros meses da  gestão petista.  No entanto, os quatro deputados federais  de Mato Grosso eleitos pela sigla    devem permanecer leais ao bolsonarismo.

O reeleito José Medeiros e os deputados federais diplomados Abílio Júnior, Amália Barros e Coronel Fernanda dão  sinas claros que não querem nem conversa com Lula e seus apoiadores.

Medeiros foi próximo de Bolsonaro durante os quatro anos do seu governo e faz ataques pesados a Lula e o PT.    Abílio também já faz oposição sistemática ao petista sem sequer ter tomado posse.

Os dois enfrentam complicações por “passar pano” para os atos golpistas de 08 de janeiro. Medeiros teve as contas nas redes sociais suspensas por decisão judicial e Abílio foi alvo de reprimenda do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) após fazer live negando a depredação do Congresso Nacional.

 Já Amália Barros é direta em dizer que não pretende dialogar com Lula. Próxima a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ela argumenta que permanecerá leal à sua base.

“Meu posicionamento é muito definido. Não me vejo sentado com o Lula, não há possibilidade nenhuma de diálogo entre nós. Pelo passado dele, por ele ter comando o maior esquema de corrupção do país. Mas pode ter certeza que aquilo que for pelo bem no Brasil, vou estar favorável”, disse a parlamentar diplomada.

A Coronel Fernanda, por sua vez, tem afirmado que estará na Câmara Federal para cumprir missões dadas por Bolsonaro. Assim, também descarta qualquer aproximação com Lula.

O movimento de aproximação com o presidente da República, dizem aliados de Lula, já ocorria antes dos atos golpistas protagonizados por bolsonaristas no dia 08 e é condizente com a tradição observada no mundo político em início de gestão. No Senado não há amarras para parlamentares mudarem de partido, caso queiram.

O senador Wellington Fagundes, principal dirigente do PL em Mato Grosso,  não descarta aproximação com Lula. Além de ter votado favorável ao decreto de intervenção no Distrito Federal, contrariando o bolsonarismo, afirma  que precisa buscar recursos para Mato Grosso.

“Continuarei sendo um parlamentar buscando trazer recursos para Mato Grosso, que é o Estado que mais se desenvolve no país. Acima de tudo, vou levantar a bandeira do municipalismo, buscando ajudar cada município. Aonde existem problemas vamos buscar a solução, com parcerias entre municípios, governo do Estado e também governo federal”, declarou.

Na Câmara, é preciso entrar em acordo com a legenda ou esperar janela partidária para trocar de sigla, algo que só vai ocorrer em 2026, ou então conseguir aval da Justiça.

Segundo governistas, um grupo de parlamentares pode recorrer a essa última opção argumentando que houve desvio do programa partidário do PL, presidido por Valdemar Costa Neto, ao questionar o resultado das urnas.

O PL saiu das eleições de 2022 como maior bancada do Senado -com 14 senadores- e da Câmara -com 99 deputados. Parte considerável desse sucesso nas urnas se deve ao fato de o partido ter apostado na imagem de Bolsonaro para alavancar sua força no Congresso.

O grupo, porém, se divide entre os “bolsonaristas raiz”, ligados ao ex-presidente e com baixíssima probabilidade de conversas com o governo, e o “centrão raiz”, que já se aliou do PSDB de Fernando Henrique a Bolsonaro, passando pelo PT de Lula. É esse o grupo alvo do atual governo, que busca isolar o bolsonarismo no Congresso.  (Com informações da Folha Press)

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FONTE: SEMANA7

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