O juízo da Quarta Vara Cível de Rondonópolis agendou para o próximo dia 7 de fevereiro, às 13h, a Assembleia Geral de Credores da Recuperação Judicial dos produtores rurais Vilson Paulo dos Reis e Celia de Freitas dos Reis. O casal, proprietário da Fazenda Guanabara, de uma transportadora e de uma algodoeira, culpa diversas crises vividas pelo setor agrícola nos últimos anos, além da recuperação judicial de uma gigante do agro, para fazer o pedido, alegando dívidas de R$ 31.929.760,13, sendo a maior parte dela com um banco.
O casal apontou, no pedido de recuperação judicial, que suas atividades se iniciaram em Mato Grosso em 1993, com o arrendamento de uma área no município de Campo Verde, adquirindo posteriormente a Fazenda Guanabara, em 1999, em Dom Aquino. Entre 2002 e 2008 eles expandiram os negócios e constituíram duas empresas: Transportadora Guanabara e Algodoeira Guanabara.
Com isso, eles aumentaram a produtividade de forma considerável, mas acabaram sofrendo com a crise econômica nos últimos anos, culminando com o pedido de recuperação judicial das duas empresas, em 2014, em um processo que se encerrou em 2018. Naquele ano, os produtores alegaram que fizeram novos investimentos para recuperar o prejuízo de safras anteriores, sem obter o resultado esperado, pois o desaquecimento da economia brasileira e, especialmente, o aumento dos custos operacionais, fizeram com que eles tivessem que recorrer a financiamentos para evitarem maiores perdas.
Eles destacaram ainda que o pedido de recuperação judicial da empresa Monte Alegre Ltda. piorou ainda mais a situação, tendo em vista que eles são credores de quase R$ 31 milhões. O montante é referente à venda de uma fazenda, no município de Nova Xavantina. O valor, inclusive, chegou a suspender a assembleia geral de credores do grupo, em agosto do ano passado, após um pedido do casal.
FONTE: Folha Max
