Os dias andam nublados e cheios de incertezas na vida política nacional. O processo eleitoral pretérito canalizou energias e sentimentos que conduziram a alma do povo brasileiro para um ambiente de confrontos e crises institucionais.
Nem mesmo a Copa do Mundo foi capaz de pôr um momento, unificar o sentimento de pertencimento nacional.
A Copa do Mundo do Catar, foi politizada e a nação dividida torceu ora para o jogador R ou N fazer o gol, visto que cada um deles se posicionara de esquerda ou de direita no espectro político nacional.
A que ponto chegamos! Onde nossa unidade nacional se perdeu? Quem promoveu o cenário atual de hostilidades entre o povo brasileiro? Nós brasileiros que tradicionalmente taxados fomos de pouco conectados com as questões políticas, do nada acordamos em uma realidade de divisão, ódio e intolerâncias diversas.
A política nacional nos levou para campos de “batalhas” ideológicas, religiosas, físicas e a conflitos familiares.
Esse sentimento raivoso é alimentado por lideranças messiânicas, que em tese, deveriam promover discursos de pacificação, de paz, superação do ódio, ao contrário incitam rompimento institucional e conspiram a favor do caos e da violência generalizada.
Paira no horizonte e nos corações um sentimento de revolta. De um lado quem “perdeu”, do outro quem “venceu” o pleito eleitoral. Muitos dos que perderam, sentem-se injustiçados e dominados por sentimento de revolta, esquizofrênico invadiram os palácios de Brasília e foram convidados a passar uns dias na Papuda ou na Colmeia.
A triste realidade é que muitos de nós nos desacostumamos a “ver” as diferenças, e as tomamos como ofensas pessoais. Paira no sentimento coletivo nacional, a ideia de que quem pensa diferente de nós, quem faz escolhas diversas, automaticamente, está a nos “ofender” e passa ser tratado como o “inimigo”, (mesmo aquele com os quais convivemos dia a dia ou os nossos mais próximos). Uma verdadeira distopia.
Há muita incompreensão no entendimento do conceito de democracia. No cenário atual, radicais confundem liberdade de expressão com “liberdade para ofender, agredir e destruir reputações”. Dias terríveis, meus amigos. Definitivamente, é muito perigoso explanar pensamentos nesse cenário tenebroso de comportamentos não racionais.
O que temos é um cenário de muitas incertezas e bastante confusão. Aparentemente, as instituições da República Brasileira se mostraram firmes para impor a “normalidade” e executar com rigor as leis deste país – como nunca antes na história – depois evidentemente, dos tristes eventos de Brasília.
Em fevereiro, os novos congressistas assumem seus mandatos e ninguém sabe exatamente se esse fato contribuirá para mitigar ou amplificar a divisão da nação.
O novo governo se fortaleceu diante dos últimos episódios em Brasília!
Resta ao cidadão brasileiro, atento, aguardar o rumo que esse país tomará.
Que tudo termine bem e que prevaleça o sentimento de nação unificada!
Joel Mesquita é bacharel em Direito e Sociólogo.
FONTE: Midia News
