Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB-SP) voltou à Casa nesta quarta-feira (1º) para acompanhar a posse de sua filha mais velha, Danielle Cunha (União), eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro no ano passado.
O retorno aconteceu sete anos após Cunha ter sido cassado, por quebra de decoro parlamentar, em meio às denúncias da Operação Lava Jato.
Autora de livro
Danielle, inclusive, foi responsável por escrever o livro “Tchau, Querido”, que contou os bastidores do impeachment da então presidente Dilma Rousseff pela ótica de Cunha.
“Que Deus possa lhe dar a sabedoria para bem representar os 75.810 eleitores do Rio de Janeiro que lhe confiaram o voto. Parabéns filha, tenho certeza que honrara cada voto”, escreveu o ex-deputado nas redes sociais.
Impeachment e queda
Cunha foi responsável por abrir, em 2015, o processo que resultou no impeachment de Dilma um ano mais tarde. No fim de 2016, no entanto, foi cassado e condenado.
O ex-deputado ficou preso em regime fechado por quatro anos, de 2016 a 2020, quando passou a cumprir prisão domiciliar, que seria revogada em 2021.
Com os direitos eleitorais retomados desde então, ele lançou-se candidato a deputado federal novamente no ano passado, em São Paulo, para não concorrer com a filha, mas teve apenas cinco mil votos.
Eleição na Câmara
Em entrevista à imprensa, Cunha considerou que a eleição à presidência da Câmara nesta quarta tem muitas semelhanças com a que o alçou ao posto em 2015.
Na ocasião, o PT colocou-se como seu adversário. Dessa vez, no entanto, o partido decidiu apoiar a candidatura à reeleição de Arthur Lira (PP-AL), antigo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Mas muita gente acha que ali era um confronto (meu) com o governo, não era. Era um confronto dentro da Casa, que decidiu ter um presidente com mais independência”, lembrou Cunha.
FONTE: Cenário MT