A musa começou a frequentar a Estação Primeira de Mangueira aos quatro anos de idade. Neste ano, ela estreia como musa no Carnaval de Vitória, no Espírito Santo. Rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, também vai participar do Carnaval de Vitória 2023 como musa da Chegou o Que Faltava.
Thiago Mattos
Dona de um samba invejável e que inspira muitas meninas em todo o Brasil, há dez anos Evelyn Bastos, 29 anos, é rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba do Rio de Janeiro. Em 2023, ano que completa uma década à frente do posto na verde e rosa, a sambista também vai estrear no Carnaval de Vitória como musa da agremiação Chegou o que Faltava. Ela conversou com o g1 sobre a novidade.
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A presença da musa é inédita Carnaval de Vitória, que acontece entre os dias 10 e 12 de fevereiro no Sambão do Povo.
No entanto, a história de Evelyn no carnaval começou antes dela nascer. Moradora do morro da Mangueira, Valéria Bastos, mãe da musa, foi rainha da bateria da Verde e Rosa entre os anos de 1987 e 1989, e transmitiu todo o samba no pé à filha.
“Quando eu me dei conta, carnaval fazia parte da minha vida, e, a partir daí, eu nunca mais me vi longe dessa festa popular que me fez e que me faz tão feliz”, disse Evelyn.
Com apenas oito anos de idade, Evelyn participou de um curso para passistas na Estação Primeira. Em 2002, ela começou sua própria trajetória no samba, desfilando pela ala de passistas na escola mirim Mangueira do Amanhã, onde ficou por três anos.
Evelyn Bastos usa de sua posição de destaque no carnaval do Rio para dar voz a outras mulheres negras e periféricas
Marcos Serra Lima/G1
Aos onze anos de idade, a Evelyn desfilou pela primeira vez ao lado das passistas adultas, sendo a mais jovem a entrar na ala.
Apenas três anos depois, a sambista já fazia parte do grupo de shows da agremiação, tornando-se musa aos 16 anos, posto que ocupou até 2012, quando concorreu à corte do Momo e foi coroada Rainha do Carnaval carioca.
Após a mudança na diretoria da agremiação, em 2014, o presidente Chiquinho da Mangueira decidiu retomar as origens da Verde e Rosa e trazer de volta para o posto – até então ocupado por Gracyanne Barbosa – uma representante da comunidade.
“O papel da Rainha, na minha opinião, é, além de ter uma identificação e preencher os requisitos, como estar em todos os ensaios, saber sambar, é deixar um legado, uma marca. Acho acho que a gente precisa defender a nossa gente, as nossas raízes e lugar que está fazendo a gente rainha”, falou Evelyn.
Evelyn Bastos no desfile de estreia como rainha da Mangueira em 2014
Alexandre Durão/g1
“É importante a gente saber reinar e saber que a gente não está sozinha ali, que a gente está representando toda uma nação, toda uma comunidade completamente apaixonada”, completou.
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Expectativas
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Reprodução/TV Gazeta
Pela primeira vez desfilando no Sambão do Povo, em Vitória, Evelyn disse que considera o Carnaval de Vitória, que acontece uma semana da festa oficial, um dos mais quentes do país.
“Já conhecia o carnaval de Vitória. Eu senti uma energia incrível, maravilhosa e fiquei de voltar, mas acabou que esse é o momento da minha volta e quero aproveitar cada segundo desse carnaval capixaba”, confessou.
No Espírito Santo, a musa vai desfilar na Chegou o que Faltava, a sétima agremiação do Grupo Especial a entrar na avenida no dia 11 de fevereiro.
O g1 e a TV Gazeta transmitem o desfile das escolas de samba do Espírito Santo (clique aqui par assistir ao vivo).
Samba da Chegou o que Faltava em 2023
O enredo da escola é “O tesouro que faltava” (veja o clipe acima), e a fantasia de Evelyn representa é ”Luminescência” e representa a luminosidade da água do mar.
Em um vídeo gravado para a agremiação (veja abaixo), a musa convidou os foliões para a festa no Sambão do Povo.
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Evelyn contou que já conhece algumas musas e rainhas do carnaval capixaba e que está animada para fazer parte desse circuito.
“Conheço de internet e acho elas maravilhosas. Acho que elas desempenham um papel dela de forma brilhante e estou chegando para conhecer elas pessoalmente”, disse.
Já no Rio de Janeiro, a rainha entra na avenida no dia 19 de fevereiro. A Estação Primeira de Mangueira será a sétima agremiação a entrar na Marquês de Sapucaí com o enredo “As Áfricas que a Bahia canta”.
O g1 e a TV Globo transmitem os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro ao vivo.
Evelyn Bastos desfilando na Sapucaí
Marcos Serra Lima/g1
Tanto no Rio de Janeiro quanto no Espírito Santo, a musa disse que quer, além de sambar, se divertir e divertir o público presente nesta festa popular.
“As expectativas são sempre as mais as mais altas possíveis, as melhores possíveis, de extrema de felicidade, de festejo, de alegria, de resultado. Essa é a minha expectativa, tanto para o Rio de Janeiro quanto para Vitória”, explicou.
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FONTE: Lapada Lapada