segunda-feira, agosto 25, 2025

Número de moradores em situação de rua cresce 12% em um ano em Ribeirão Preto, diz prefeitura


Levantamento indica que 3,5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade foram abordadas em 2021, contra 3,9 mil em 2022. ‘Como fechar os olhos’, diz. Ribeirão Preto, SP, tem alta no número de pessoas em situação de rua, diz levantamento
Marcelo Moraes/EPTV
O número de pessoas em situação de rua cresceu 12,65% em um ano em Ribeirão Preto (SP), aponta levantamento feito pela Prefeitura e obtido pela EPTV, afiliada da TV Globo.
Ao todo, 3.540 pessoas nessa situação de vulnerabilidade foram abordadas em 2021. Já em 2022, o número saltou para 3.988 abordagens.
Os números foram divulgados pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS). Gestor do Instituto Limite, que também atua nesses atendimentos, Isaías Cruz de Oliveira afirma que são, em média, 400 abordagens por mês.
“É aquele trabalho que é oferecido para aquela pessoa que está à margem da sociedade, que acaba não procurando ajuda e que precisa alguém estar procurando e oferecendo os serviços que estão disponíveis na rede”, explica.
Os trabalhos
Ao todo, duas equipes percorrem diariamente as ruas da cidade para realizar os atendimentos. A insistência é um fator-chave para o trabalho social, conforme explica o gestor.
“Você aborda, às vezes, o mesmo indivíduo, quatro, cinco, dez vezes. Às vezes, é na 21ª que ele vai aceitar o serviço, ou algum tipo de oferecimento, mas depende muito da situação dele”, pondera Isaías.
Os serviços oferecidos variam de acordo com a situação da pessoa vulnerável: pode ser atendimento médico, um abrigo nas casas de passagem, acompanhamento psicológico e social.
Distribuição de marmitas
Paula de Brito Basso é presidente de uma associação que acolhe esse público em Ribeirão Preto. A entidade distribui marmitas semanalmente. São, aproximadamente, 1,8 mil “quentinhas” distribuídas por mês.
A voluntária relata que a perda da empregos, “bicos” e subempregos impulsionados pela pandemia contribuíram para o crescimento da população em situação de rua.
“O nosso atendimento tenta acompanhar essa demanda. É um atendimento enorme”, conta.
Os atendimentos ultrapassam a distribuição de marmitas: vão desde tratar e ajudar animais de estimação dos moradores a garantir fraldas geriátricas para o público.
“Os moradoras das comunidades também cresceram muito. Como fechar os olhos? Não temos como fechar os olhos”, conclui a voluntária.
Paula de Brito Basso é presidente de associação em Ribeirão Preto, SP
Marcelo Moraes/EPTV
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FONTE: Lapada Lapada

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