Pesquisadores desenvolveram uma maneira de transformar pássaros empalhados em drones que os ajudariam a entender melhor como a vida selvagem funciona.
De acordo com o Mostafa Hassanalian e o estudante de graduação Amier Mirzaeinia da universidade New Mexico Tech (Novo México, EUA), esses novos drones podem ser a maneira mais eficiente de estudar como as aves migratórias economizam energia.
Embora o foco principal da pesquisa seja como esses drones podem ajudar os especialistas a estudar a vida selvagem, reportagem desta semana da “New Science” diz que a engenhoca também pode ser expandida para ajudar os militares e seus programas de espionagem.
Hassanalian disse que ainda falta muito para aprimorar os drones baseados em taxidermia, pois o protótipo é bastante barulhento.
“Às vezes você não quer que as pessoas descubram que isso é um drone”, explicou Hassanalian à “New Science”, sugerindo uma outra aplicação.
Hassanalian e os colegas da New Mexico Tech usaram partes de pássaros empalhados com mecanismos artificiais de drones para que pareçam o mais real possível. Os pássaros podem pairar como um beija-flor e planar sem bater as asas.
Os pesquisadores disseram que, embora seja um desafio criar esse tipo de drone, “é muito prático para fins de pesquisa e pode manter a natureza intacta”.
No relatório, Hassanalian observou que as aves podem economizar mais de 40% de sua energia voando em formação V e trocando de posição regularmente e podem percorrer 2.000km em dois dias. Até agora, a pesquisa mostrou que, ao usar a mesma formação dos pássaros, os drones podem economizar até 70% mais energia.
Os cientistas acrescentaram que o estudo pode ser aplicado às aeronaves para tornar a experiência de voo mais perfeita.
“Esta é uma pesquisa em andamento e estamos sempre pensando nos próximos 100 anos. Então, assim que obtivermos a navegação automática, os aviões podem formar uma formação em V e imitar as aves migratórias. Se os programarmos com algoritmos de controle, podemos obter o mesmo benefício que os pássaros”, explicou o líder da pesquisa.
FONTE: Folha Max