sexta-feira, novembro 8, 2024

Assassino se irritou com sexo oral e interesse de servidor por seu irmo

 

Murilo Henrique Araújo de Souza, de 18 anos, confessou em depoimento à Polícia Civil ter assassinado o assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento, de 36, asfixiado usando um cabo de carregador de celular. Além dele, também foi preso Richard Estaques Aguiar Silva Conceição, de 18, que ajudou o comparsa no crime.

Wanderley era assessor do deputado estadual Wilson Santos (PSD) e estava desaparecido desde a última quinta-feira (16). O corpo dele foi encontrado na segunda-feira (20), na região do Cinturão Verde, no Pedra 90, em Cuiabá. Murilo foi detido enquanto desembarcava de uma Van, em Terra Nova do Norte, e Richard foi pego por policiais em Lucas do Rio Verde.

A reportagem teve acesso ao depoimento de Murilo, ao qual contou em detalhes como foram os dias que antecederam a morte do servidor público e como ele e Richard decidiram tirar a vida de Wanderley. De acordo com ele, na quinta-feira – dia do desaparecimento – os dois criminosos passaram na casa da vítima a convite dele. Na ocasião, ele diz que todos beberam muito e em determinado momento acordou de madrugada com a vítima lhe fazendo sexo oral, o que teria irritado muito.

“Pegou uma faca para atacar Wanderley e, este por sua vez se trancou dentro do quarto dele e não queria abrir; que seu amigo Doti (Richard) pulou a janela do quarto de Wanderley e o fez abrir a porta, mas acabou por desistir de matar Wanderley a facada”, diz trecho do documento.

No dia seguinte, Murilo relata que o assessor parlamentar passou a lhe perturbar para saber de um irmão dele de 15 anos, insistindo para que ele lhe desse número de contato dele. “Como o interrogado sabia que Wanderley ficava com meninos, ficou com raiva e deu uma “gravata” em Wanderley (isso de sexta,17, para sábado, 18) e o segurou enforcando por algum tempo enquanto Doti apareceu com uma toalha com cheiro muito forte de álcool e asfixiou a vítima até que desmaiasse e caísse ao chão desacordada, que Doti pegou um fio de carregador de telefone celular e acabou de enforcar a vítima Wanderley”, contou.

Em seguida, a dupla pegou o corpo de Wanderley já sem vida, colocou dentro do próprio carro da vítima e levou para “desovar” longe da casa dele, cerca de 5 km de distância, na região do Cinturão Verde, no bairro Pedra 90. Posteriormente, os dois retornaram para a casa do servidor e furtam além do veículo, um notebook, um celular, um cartão de crédito e uma televisão de 55 polegadas que pertenciam à vítima. Após o crime, os dois fugiram em companhia da namorada de Richard e se separaram a partir dali.

Murilo passou por audiência de custódia nesta terça (21), e teve a prisao em flagrante convertida para preventiva, proferida pelo juiz Ricardo Frazon. Nela o magistrado ressaltou que a prisão do acusado era necessário para manter a ordem pública, por ter se demonstrado ser uma pessoa violenta.

Entenda

Wanderley era assessor parlamentar do deputado estadual Wilson Santos (PSD) e morava no Bairro São João Del Rey, em Cuiabá, de onde saiu na última quinta-feira (16) e não foi mais visto. Familiares acionaram a Polícia Civil para comunicar o desaparecimento, onde deram início às buscas pela vítima.

No mesmo dia, os policiais conseguiram prender a dupla, em cidades diferentes e ambos confessaram ter matado o servidor público, indicando onde a vítima estava. A Polícia Civil foi até o local e localizou o corpo já em estado de decomposição. Em depoimento, ambos relataram que mantinham uma relação homoafetiva com a vítima e que teriam tirado a vida de Wanderley por ciúmes, pois ele queria se relacionar sexualmente com o irmão de um deles.

O irmão Wanderley, Edilson Carlos, porém não acredita na versão e afirmou em entrevista à TV Comunidade, do SBT Cuiabá, que já havia visto o comparsa de Murilo, Richard Aguiar em uma reunião religiosa conhecida como “célula” promovida na casa da vítima. Edilson disse ainda, que o irmão comprava cachorro quente e lanches e oferecia para os visitantes todas às quintas-feiras e que não crê na versão dos suspeitos.

FONTE: Folha Max

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