Brasilienses reclamam de poças de água, pichações, infiltrações e rachaduras. Fase inicial do estudo entrevistou apenas pessoas que não moram no Plano Piloto; entre os usuários, 58% são mulheres e 39,5% são homens. Pessoas atravessando passarelas subterrâneas na região central de Brasília
TV Globo/Reprodução
Segundo o Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), 79,5% da população de Brasília usa as passagens subterrâneas para atravessar vias movimentadas. No entanto, as passagens encontram-se em situação de precariedade, com poças de água, pichações, infiltrações e rachaduras.
Ainda de acordo com a pesquisa:
13% disseram que não usam as passarelas
7% não responderam
Entre os usuários, 58% são mulheres
39,5% são homens
Na fase inicial do estudo, feita em novembro de 2022, foram entrevistadas 5.407 pessoas residentes de qualquer lugar do Distrito Federal. Atualmente, a segunda etapa da pesquisa é feita apenas com moradores do Plano Piloto.
A Associação Andar a Pé, que faz parte do acordo de cooperação técnica da pesquisa, afirma que a partir da segunda fase, ações efetivas poderão ser desenvolvidas para melhorar a circulação dos pedestres.
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Reformas e problemas
Pessoas que atravessam as passarelas subterrâneas colocaram pedras para conseguir atravessar poças de água
TV Globo/Reprodução
A passagem subterrânea da 115 Norte chegou a ser reformada, mas a quantidade de água empoçada incomoda quem passa por ali.
“Depois da reforma das passagens subterrâneas, a gente ficou com uma expectativa muito grande de que isso iria ser solucionado, mas a tubulação de escoamento da água está totalmente obstruída por restos da própria reforma e por sujeira, por lixo, que fica acumulado”, diz Vera Rauber Coradin, prefeita da SQN 115.
Já na 311 Sul, a passagem subterrânea está pichada por inteiro, com bueiros entupidos e lixo acumulado. Por esse motivo, muitas pessoas acabam se arriscando em travessias pelo Eixão e pelo Eixinho.
Passarela subterrânea da Asa Sul pixada e com poças de água
TV Globo/Reprodução
Para Benny Schvarsberg, arquiteto urbanista e professor de planejamento urbano da Universidade de Brasília (UnB), as pesquisas são importantes para que Brasília melhore seus sistemas de locomoção e mobilidade.
“A pesquisa mostrou que predominam pessoas que moram em outras regiões administrativas além do Plano Piloto. Esse dado e outros são fundamentais para desenhar políticas públicas com ênfase na mobilidade ativa integrada a outros modos de transporte na área metropolitana de Brasília”, diz o professor.
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FONTE: Lapada Lapada