A Marinha do Brasil enviou o maior navio da frota para auxiliar no atendimento e socorro às vítimas das chuvas no litoral norte de São Paulo. Até a manhã desta quarta-feira (22), o Governo de São Paulo confirmava 48 mortes e 38 pessoas desaparecidas em decorrência da tragédia nas cidades de São Sebastião e Ubatuba.
O navio-aeródromo multipropósito Atlântico, que também é um porta-aviões, chega ao porto de São Sebastião nesta quinta-feira (23). Ao todo, a embarcação conta com 300 leitos, que poderão ser usados pelas vítimas do desastre.
O navio vai funcionar como um hospital de campanha para os desabrigados, o que vai contribuir para desafogar o atendimento médico da região. No total, serão mais de mil militares da Marinha envolvidos.
O navio conta com o reforço de 180 fuzileiros navais, especializados na liberação de áreas devastadas por deslizamentos. Também estão a bordo microcarregadeiras, ambulâncias e pá-carregadeira, que podem colaborar para liberar vias.
Ao todo, o navio da Marinha conta ainda com seis helicópteros, três barcos para desembarque de veículos e pessoal (com capacidade para embarque de 35 pessoas cada), uma lancha para 20 pessoas e uma lancha menor, destinada às equipes de campo.
Quanto ao atendimento médico, o navio da Marinha possui uma equipe do Centro de Medicina Operativa da Marinha, composta de 28 médicos e militares da área de saúde de diversas especialidades, incluindo pediatras.
Entre os especialistas a bordo, há ortopedistas, cirurgião-geral, anestesista, clínico-geral, além de farmacêutico, cirurgião-dentista, técnicos de enfermagem, auxiliar de higiene bucal e auxiliar de laboratório (patologia clínica).
O meganavio será acompanhado de outra embarcação para descarregamento de carga chamada Guarapari. Esse navio tem uma rampa que permite atracar em praias para resgatar vítimas de áreas isoladas.
O comandante em chefe da esquadra, vice-almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, responsável pela embarcação, ressaltou que a Marinha destinou ao local o que há de melhor: “A prontidão dos navios, aeronaves e unidades de fuzileiros navais, nossos homens e mulheres, marinheiros e fuzileiros navais, é o que temos de melhor para oferecer para amenizar o sofrimento dessas pessoas”.
FONTE: Folha Max