quinta-feira, novembro 7, 2024

A fé é tão presente quanto a gravidade. Não as vemos nem tocamos, no entanto, elas permanecem agindo sobre tudo o que fazemos durante nossas vidas.
 
Assim, ter fé é crer em algo que permanece dentro e fora de nós, que nos alimenta mesmo quando a esperança atinge seu limite e repentinamente parece acabar, deixando latente a dilacerante dor da perda, que enquanto existe tudo abala.
 
Depois, muito além do tempo, que nesses momentos deixa de existir, a fé ressurge do absurdo abismo causado pelo sofrimento.
 
Apesar disso e do vazio que resta, a fé é o sentimento que prove força para aceitar a falta, porque é através dela que compreendemos que a ausência física entre nós significa a passagem do espírito para outra dimensão do amor, a mais sublime e definitiva forma de amar, aquela que vem de Deus.
 
Se viver faz parte do processo de evolução do espírito, morrer também o faz.
 
Afinal, sucessivas mortes e nascimentos possibilitam que aqui retornemos várias vezes para nos aperfeiçoarmos na busca da que será a última e perfeita estada antes da eterna permanência junto ao Criador.
 
Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.
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FONTE: Midia News

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