Há uma tradição difundida entre diversos países de que cada novo governo que se inicia tem um tempo de tolerância dos eleitores, dos políticos e da mídia de 100 dias. Neste período chamado de “lua de mel” haveria uma trégua nas cobranças e nos protestos, dando um tempo para que as equipes tomem pé da real situação do País e comecem a governar.
No caso atual, a “Lula de mel”, embora ainda esteja na metade do seu período, parece que começa a perder a doçura. A culpa, entretanto, não aparenta ser da imprensa, dos políticos ou do povo. O próprio noivo, mostra-se empenhado em azedar o mel antes de completar o tempo da complacência.
Temos a impressão de que ele está constantemente irritado, atacando sem necessidade o presidente anterior e culpando instituições como o Banco Central pelo baixo crescimento do Brasil. Ele até está perdendo a voz que resistiu bem durante a campanha, mas que agora fraqueja pelo uso forçado movido pelo destempero e irritação.
Conta uma lenda americana que um avô teria dito a seu neto que dentro dele (do avô) moravam dois lobos em constante conflito. Um deles, ele disse, era sereno, pacífico e equilibrado. O outro, iracundo, estridente e maldoso. O neto quis saber, já que ambos viviam em luta, qual dos dois lobos venceria a disputa. O ancião explicou que ganharia a disputa o que ele (o velho) decidisse alimentar.
Escutando os constantes ataques verbais do atual presidente, fico com a impressão de que ele já escolheu nutrir melhor o lobo briguento.
Na verdade, ele não abandonou totalmente o animal bom, fez sim algumas coisas louváveis: foi eficiente na questão dos Ianomâmis a quem acudiu com presteza, d…
FONTE: Midia News