O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), disse em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (1°), que os motoristas não devem aceitar a cobrança de pedágio no trecho da BR-163, entre Cuiabá e Rondonópolis, e sugeriu que os condutores rompam a cancela. Ele afirmou que a rodovia é precária e que a cobrança não é compatível.
“Estou propondo que parem de pagar. Se eles não acharem uma solução, parem, não aceitem o pagamento. Não dá pra você ficar pagando algo por 10 anos, 15 anos e nada se faz. Rompe a cancela. Alguma coisa tem que ser feita. Não dá pra ficar do jeito que está”, disse Botelho.
A cobrança de pedágios é uma forma de arrecadação de recursos que são destinados para a manutenção das estradas e oferta de serviços de primeiros socorros. No entanto, os motoristas que passam pela BR-163, entre Cuiabá e Rondonópolis, reclamam das condições da via devido aos buracos.
O deputado Thiago Silva (MDB) disse que já acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que interceda e abra as cancelas até que se resolva o problema da administração da rodovia.
“A gente sabe da calamidade, da precariedade dessa BR. Entramos com representação há 10 dias junto ao MPF pedindo a suspensão do pedágio até que se decida sobre a responsabilidade. Queremos que se faça também o recapeamento, porque o risco de acidente só tem aumentado. É injustificável que se pague um pedágio sem ter a manutenção da rodovia.”, disse ele.

De quem é a responsabilidade
A concessão da BR passa por um processo de transferência da concessionária Rota do Oeste para a autarquia MT Par, do governo estadual. A previsão inicial era de que a autarquia assumisse a concessão em 10 de fevereiro deste ano, mas o prazo foi prolongado para mais 60 dias.
FONTE: Cenário MT