A família do ex-assessor Wanderley Leandro Nascimento da Costa, de 36 anos, que foi morto por asfixia, no dia 16 de fevereiro, contesta a versão da polícia sobre a motivação da morte dele. De acordo com a Polícia Civil, o assassinato foi uma “vingança” depois que a vítima assediou dois parentes de um dos suspeitos.
À TV Centro América, o irmão de Wanderley, Benedito Evandro, disse que a polícia concluiu apenas as versões dos autores do crime. “Meu irmão tinha seus defeitos, mas o que foi concluído é totalmente errado, totalmente falso”, disse.
Nessa quinta-feira (2), a Polícia Civil concluiu o inquérito do caso. De acordo com o delegado Hércules Batista Gonçalves, a vítima tinha ligação com abuso e exploração sexual de menores e oferecia dinheiro para manter relações sexuais com eles.
Benedito confirma que o assessor parlamentar tinha relacionamento com homens, mas nega que o irmão abusava de menores. “Nunca pensamos que ia chegar nessa situação, o meu irmão de vítima, passou a ser culpado”, relatou o irmão.
O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. Wanderley trabalhava com o deputado estadual Wilson Santos (PSD) e foi morto por asfixia. De acordo com a polícia, os investigados também utilizaram uma toalha embebida em álcool.
Richard Estaques Aguiar e Murilo Henrique, autores do crime, foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto – um deles estava com o notebook da vítima, quando foi preso.
“O Murilo desceu de Sinop (MT) para Cuiabá, daí conheceu Richard. Os depoimentos demonstram que ele foi convidado para se hospedar na casa de Wanderley. Já o suspeito Richard alegou que tinha um relacionamento de quatro a cinco anos com a vítima”, disse o delegado do caso. A relação extraconjugal era de conhecimento da esposa de Wanderley, segundo a polícia.
Entenda o caso
Wanderley desapareceu no dia 15 de fevereiro, depois de sair da casa onde morava, no Bairro São João Del Rey, em Cuiabá, conforme o boletim de ocorrência registrado pela família. Os dois suspeitos de matá-lo foram presos no dia 20 de fevereiro, em Terra Nova do Norte e Nova Mutum. Já o carro dele foi localizado em Sinop, no norte do estado.
Após as prisões, o corpo da vítima foi encontrado na região do Cinturão Verde, em Cuiabá, em estado avançado de decomposição.
FONTE: Folha Max