Profissionais da saúde visitaram comunidades em várias partes do país neste sábado (4). Dados apontam que o Brasil pode ter um terço das crianças e adolescentes com obesidade até 2035. Dia Mundial da Obesidade: comunidades recebem ações de saúde em diversas partes do país
No Dia Mundial Contra a Obesidade, profissionais da saúde visitaram comunidades em várias partes do país para conscientizar a população sobre os perigos do excesso de peso.
Para o teste de glicemia, basta uma gota de sangue. Para calcular o índice de massa corpórea, é só subir na balança e também medir a altura. Com esses exames rápidos, é possível saber se a pessoa tem um quadro de obesidade — palavra que carrega muito preconceito.
“A gente tem que estar sempre presente mostrando que não é apenas desleixo. É uma doença. Obesidade é uma doença e precisa ser tratada”, diz a dona de casa Liliane Barros da Silva.
A dona de casa Liliane Barros fala sobre o preconceito em relação à obesidade
Reprodução/JN
4 de março é o Dia Mundial da Obesidade, Essa data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar as pessoas para os riscos dessa condição que, segundo o IBGE, atinge 41 milhões de brasileiros.
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Neste sábado (4), em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo, moradores fizeram exames de graça e receberam orientações de profissionais da saúde para combater essa doença.
A campanha da ONG G10 Favelas também aconteceu em comunidades de outras capitais, como Curitiba.
“A gente destina essas pessoas quando tem essas taxas alteradas para uma unidade básica, para que o médico faça um controle maior, com exames de sangue, exames mais aprofundados, para que se chegue a um diagnóstico médico para que o SUS encaminhe esse possível paciente para cirurgia se for o caso”, explica a enfermeira Elen Tibério.
“Para que as pessoas possam saber se elas precisam fazer a cirurgia bariátrica, muitas não sabem desse direito. Então, é uma forma de reforçar esse direito da população”, explica Flávia Rodrigues.
Dados do “Atlas da Obesidade no Mundo”, divulgados nesta semana, apontam que o Brasil pode ter um terço de crianças e adolescentes com obesidade até 2035.
“Os números vêm aumentado ano a ano, década a década. As medidas são necessárias no sentido de prevenção, facilitando o acesso das famílias à alimentação saudável e também orientando e dificultando o acesso daqueles alimentos que estão associados ao excesso de peso”, diz Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
E para que as pessoas entendam que a obesidade não é provocada apenas por maus hábitos alimentares, foi lançada essa semana a campanha “Um outro jeito de olhar”.
“É importante reforçarmos que a obesidade não é uma escolha, e a pessoa que vive com obesidade enfrenta múltiplas dificuldades para obter o tratamento necessário para a sua condição. A gente quer fazer com que toda a sociedade reflita para que a gente tenha maior atenção à saúde, mas sem uma visão preconceituosa”, conclui Paulo Miranda.
FONTE: Lapada Lapada
