Professor suspeito de mandar assassinar grvida preso

 

O professor de Química do Instituto Federal Fluminense (IFF) Diogo Viola de Nadai foi preso, na noite desta terça-feira, pela morte da grávida Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos. Diogo era companheiro da vítima e seria pai do bebê, que também morreu após a mãe ser baleada, na última quinta-feira. Dois suspeitos de serem os executores do crime já haviam sido presos esta semana. Diogo foi preso na casa de parentes, no bairro Jardim Carioca. A prisão temporária foi pedida nesta terça-feira pela delegada Natália Patrão, titular da 134ª DP (Campos) e responsável pela investigação do caso, e deferida pela Justiça. Ainda na noite desta terça, mais dois suspeitos de envolvimento no crime foram presos: o dono da moto usada na execução e uma pessoa que teria agido como intermediária entre os assassinos e o mandante. Os dois homens que estavam no veículo no momento do crime já haviam sido presos anteriormente.

Antes de ser preso, Diogo chegou a ser ouvido pela polícia e negou envolvimento no crime. Ele é casado com outra mulher, mas morava com a vítima e tinha uma união estável com ela, segundo a delegada Natália Patrão. O perfil da 134ª DP (Campos) numa rede social sobre a prisão: “Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Delegada Natália Patrão entrega a prisão de todos (5) os suspeitos de participação no covarde crime que executou uma mulher grávida de 8 meses, tentou matar a mãe da mulher, e matou o feto que estava em seu ventre”.

O crime aconteceu na Rua Simeão Schremeth, no trecho próximo à Avenida Arthur Bernardes, no Parque Aurora. Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, foi levada para o Hospital Ferreira Machado. O bebê nasceu com vida mas morreu no hospital.

— A gente recebeu a notícia com algum alívio, havia a suspeita, mas a gente tinha que deixar a polícia trabalhar e o trabalho foi feito. Agora tudo que a gente espera é que haja Justiça — disse Célio Peixoto, tio de Letycia.

De acordo com ele, o comportamento de Diogo no período de relacionamento com a sobrinha chamava a atenção.

— Era um cara muito reservado, aparecia só em algumas ocasiões como Natal, ano novo, um aniversário. Ele evitava tirar fotos, ficava meio destacado, não conversava muito com ninguém, era um cara meio estranho — lembra.

O homem preso acusado de dirigir a moto que fez a emboscada contra Letycia Fonseca confessou ter participado do crime. Na delegacia, alegou que outra pessoa contratou o atirador e ele não tem contato com esse indivíduo. Já o homem apontado como garupa e executor da vítima, ficou em silêncio durante seu depoimento.

Diogo é professor do Instituto Federal Fluminense desde 2008 e, de acordo com o Portal da Transparência, trabalha em jornada de dedicação exclusiva. Na folha de pagamento de janeiro deste ano, a mais recente disponível no sistema, o servidor público aparece com uma remuneração bruta de R$ 18.663,64.

A instituição é a mesma em que Letycia Fonseca se formou como técnica em Eletrônica em 2014 e foi onde, segundo pessoas próximas, o casal teria se conhecido. Pai de Hugo Peixoto Fonseca, o bebê que Letycia esperava, Diogo vivia um relacionamento com a jovem, no que um parente chama de “relação estranha”: o empresário aparecia “de vez em quando” e não gostava de aparecer em fotos.

— Ele é um cara de poucas palavras, a Letycia também era uma pessoa reservada — justifica um familiar, que não sabe dar muitos detalhes sobre a relação de Letycia e Diogo. — No dia do crime, ele dormiu na casa da Cintia (mãe de Letycia) e, durante o enterro (no dia seguinte), chegou a dormir.

FONTE: Folha Max

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